O Brasil contabilizou cerca de 62,5 milhões de pessoas que passaram por aeroportos em
2021 é um crescimento de 20,4% em comparação ao ano anterior. Não muito distante
dessa realidade existem tribos que vivem como os nômades tradicionais, viajando de
tempos em tempos pelo Brasil, é o caso do casal Madha e Ruan que estão em Imperatriz
com os filhos, Júpiter de 1 ano, Apolo de 5 anos e Agatha de 10 anos.
Madha e Ruan fazem parte da tribo Malucos da BR, vivem viajando, conhecendo novas
culturas e adquirindo novos conhecimentos. O casal aluga uma casa e ficam cerca de 6
meses a 1 ano sem viajar para que os filhos possam frequentar a escola e no período de
férias eles voltam a viajar, acampar, dormir em praças e pousadas. Mas esse estilo de vida
é muito criticado por demais pessoas, o historiador João Candido comenta: “Quando você
rompe com padrões, com expectativas que são criadas pela sociedade e tem papéis que
são naturalmente esperados, ao romper com tudo isso, você é criticado.”
A escolha de viver de uma forma mais simples se dá pela maneira como eles enxergam e
entendem a vida. Mas como qualquer outra pessoa o casal, Madha e Ruan, trabalha e
ganha seu dinheiro através da sua arte, ambos são artesãos e fazem pulseiras, colares,
pintura e escultura. Tudo isso enfrentando o preconceito, pois são mal vistos e rotulados
como moradores de rua, o que não é verdade. Pois eles são viajantes e artesãos levando a
cultura e a arte deles por onde passam.
Mesmo com uma sociedade capitalista existem pessoas que optam por viver por todos os
lugares sem precisar luxo, eles vivem muito bem com o que conseguem, e são felizes por
isso. “A nossa forma de viver não é uma falta de opção falta de estudo ou falta de qualquer
outra coisa ou auxílio familiar, essa forma de viver é o que a gente quer para nós” – Madha
