Muitas tradições de fim de ano cultuadas no nosso país é repleta de diversidade cultural fruto da colonização, tornando assim nossos costumes uma reunião de doutrinas diferentes. As principais manifestações festivas da finalização de ano tem uma diversidade de festas ligadas a religiões. Você já se perguntou de onde vem o simbolismo de passar a virada de ano com roupa branca, pular sete ondas no mar ou até mesmo de comer doze uvas para se ter doze desejos?
Muitas pessoas não sabem o significado das suas tradições. Seguem apenas por senso comum.
Para Sineide da Silva, recepcionista do CAPS AD e agnóstica – em sua concepção o sobrenatural é algo incompreensível para humanos -. Ela atua em algumas tradições de Natal e Fim de Ano e acha muito importante essas tradições, não por suas origens ou significados. “Tudo que dá sorte eu prefiro fazer, até o de não poder comer frango na virada do ano. O famoso não acredito nas bruxas, mas que elas existem, existem.”
Seus motivos, as vezes pode ser a família.
Anne Caroline, estudante e católica – sua religião segue os ensinamentos de Jesus Cristo e que tem o apóstolo Pedro como figura de destaque.- diz que a véspera do feriado de Natal é reservada para missa em sua cidade natal ‘Itinga do Maranhão’, que sua ceia só pode ser desfrutada a meia-noite, que segue sempre com vestimentas brancas, sempre tem metas e pedidos que segue no dia 31 de dezembro para o ano seguinte. “Minha família é o maior motivo dessas superstições, minha vó falava que só funcionam se a pessoa realmente acreditasse, eu acredito que funciona. Sempre peço saúde, uso a cor da roupa e cá estou eu, vivíssima.”
Já Pedro Lucas, estudante e umbandista – sua religião mistura tradições africanas com o catolicismo romano, o espiritismo e as crenças indígenas americanas.- ele não acha relevante, pois para ele o melhor dessa época é estar reunido com as pessoas que gosta. “Minha família geralmente não se reúne para festas de fim de ano. Prefiro passar com amigos, mas quando estou com meus avós católicos no interior fazemos ceia e as vezes vamos a igreja.”. Ele completa que a umbanda o fez perceber que muitas das tradições que as pessoas praticam vem da sua religião que é uma das mais perseguidas no Brasil.
