Número de homicídios cresce 23,21% de janeiro a junho de 2018

Texto e fotos Tayron Chagas

De acordo com dados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, de janeiro a junho do ano de 2018, em Imperatriz, já foram registrados um total de 68 homicídios. Um aumento percentual de 23,21% se comparado com o mesmo período no ano de 2017. Desse total de homicídios, 5 foram latrocínios (roubo seguido de morte), 3 foram feminicídios.

Conforme o delegado regional Eduardo Galvão, este ano teve um início extremamente acelerado, com índices elevadíssimos até março (10 homicídios em janeiro, 14 em fevereiro e 16 em março) mas, que em abril e maio ocorreu uma queda nos números deste tipo de crime (7 abril, 9 maio) graça ao intenso combate ao tráfico de drogas. “Vamos continuar trabalhando e batendo de frente contra a causa mãe dos homicídios e das mortes violentas, que é o tráfico de drogas”, afirmou ele.

Delegado atribui ao combate ao tráfico o aumento no número de homicídios na cidade

Esses casos, geralmente ocorrem em bairros periféricos, onde, segundo o delegado,  há um predomínio do tráfico, como o setor próximo a Beira Rio, Bairro da Caema, historicamente existe a rua Niterói marcada pelas drogas; Parque Alvorada, Parque Anhaguera, Vilinha e Vila Vitória. “Esses são os locais que mais tem frequência dessas mortes”, diz.

Para a Polícia, a apreensão das drogas de certa forma causa alguns conflitos entre os grupos de criminosos e leva ao que chama de “acerto de contas” por conta da perda da mercadoria que é apreendida pelos policiais e que isso talvez justifique parcialmente alguns assassinatos.

De acordo com os dados oficiais, a polícia civil já contabiliza 14 dias sem este tipo de ocorrência.

Autoria

Boa parcela das mortes deste tipo, neste ano, por volta de 60% tem autoria definida, em que na maioria das vezes se consegue até mesmo a prisão através dos mandatos. “Talvez seja a delegacia que tenha o maior índice de eficácia do Maranhão quiçá do Nordeste, seja a homicídios de Imperatriz”, diz Eduardo.

No ano passado, com o trabalho dos militares em conjunto a Polícia Civil e PRF, historicamente aconteceu o melhor ano de Imperatriz em se tratando do número de homicídios, que apesar de terem sido 116 durante todo o ano, em alguns meses chegaram a ter uma redução de 40% em ralação ao mesmo período do ano anterior, e com essa redução, tiveram um acréscimo no número de apreensões de drogas na região.

Já em relação aos feminicídios, o delegado Eduardo Galvão diz que é um crime em que os companheiros acusados dos crimes imediatamente já são procurados, com o decreto prisional. Esse é um dos casos mais fáceis de serem elucidados pela polícia.