Texto e fotos de Lícia Gomes
A cidade de Imperatriz possui 150 escolas de rede municipal, tanto de área rural como urbana e nenhuma delas possui câmeras de segurança. Segundo o assistente administrativo da Secretaria de Educação (Semed), Edilson Vieira, há apenas um monitoramento nas escolas que funciona através do sensor e que só é ativado durante a noite. De dia, ele fica desligado. Mesmo assim, não são todas que contam com esse dispositivo. De acordo com a Prefeitura, de 150 escolas, apenas 117 possuem monitoramento.
A empresa responsável por fazer a fiscalização dos equipamentos é a Delta Monitoramento. A vistoria é feita diariamente. Quando as escolas encerram as atividades, o alarme é acionado e a partir desse momento já está sendo monitorada. Caso ocorra alguma tentativa de assalto, roubo ou furto, o alarme é disparado e a empresa envia agentes até o local para ver o que está acontecendo e logo após a polícia é acionada.
De acordo com a gestora da escola Emei Prof.ª Juracy Athayde Conceição, Sandra Maria, o vigilante da escola trabalha oito horas por dia, quatro no período matutino e quatro no vespertino, quando ele vai embora quem fica na portaria fazendo a segurança dos alunos é a própria gestora. “Quando ele sai, nós ficamos trabalhando tão inseguras. Escola é um lugar que deveria ter segurança ao máximo”, disse Sandra.

Algumas escolas não são monitoradas, inclusive as da zona rural, isso acontece porque é necessário passar por um processo administrativo que possui algumas cláusulas, uma delas é que a empresa tem até 15 minutos para chegar ao local que o alarme foi disparado. Dessa maneira, é inviável que nesse período os agentes cheguemem uma escola da zona rural.
Por esse motivo, é que as escolas contam com vigilantes para melhorar a segurança. No entanto, são poucos os vigias que ficam durante o dia. A estimativa é de que apenas sete trabalham nesse período.Isso se dá porque a maioria deles fazem seletivos para trabalharem no período noturno, pois ficam vigiando o prédio após a saída dos alunos. Eles possuem a carga horária de 40 horas semanais, aproximadamente 30% são terceirizados, a grande maioria são efetivos e os outros são seletivados.
Nas demais escolas que não possuem monitoramento e nem vigilantes, são os próprios funcionários que ficam no portão da escola, apenas para acompanhar a chegada dos alunos. Devido a essas situações, algumas ocorrências foram registradas, por exemplo, a escola Creche Portal da Amazônia e o próprio depósito da Semed já foram furtados, em ambas as tentativas de roubo, a polícia recuperou os objetos e os acusados foram presos.
Ainda não há nenhum projeto para a implementação de câmeras nas escolas, pois essa questão depende da parte pedagógica e do financeiro. Não há uma estimativa de quanto em dinheiro se precisaria para suprir essa demanda. “A importância das câmeras nas escolas iria auxiliar ainda mais a segurança, até na questão do controle a fim de ter mais cuidado com os alunos, resguardando tanto a vida de alunos, como também de professores e funcionários, seria um grande avanço na cidade de Imperatriz, a instalação de câmeras de monitoramento”, disse o assistente administrativo Edilson.