Repórter: Sophia Becker
Foto: Sophia Becker
Leonardo Hunaldo, 39 anos, diretor do Centro de Ciências de Imperatriz (CCI) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) é gestor das duas unidades da UFMA de Imperatriz- MA. Também é professor do curso de biologia, da enfermagem e do mestrado em saúde e tecnologia. Nesta entrevista ele fala sobre a situação da obra de expansão no campus Centro. A construção foi orçada em R$ 5.093.083,75, pela PHD Construções Ereli ME e ao que parece não vai cumprir os prazos previstos. A obra deve beneficiar os cursos de Pedagogia, Direito e Ciências Contábeis, cujas aulas aconteciam no Centro de Ensino Estadual Graça Aranha antes da pandemia. Estão previstos a construção de salas de aula, laboratórios e dependências para os programas de pós-graduação, instalados na Unidade.
Nessa entrevista Leonardo Hunaldo conta, além do sonho de ser diretor e qual marca deseja deixar nessa gestão, sobre o plano para a lanchonete e também sobre a volta 100% presencial no semestre 2022.2.
Sophia Becker: Por que o senhor quis ser diretor?
Leonardo Hunaldo: Inicialmente, eu fui coordenador de curso e já tinha esse sonho de futuramente colaborar também como diretor. Antes de ser diretor ainda fui gestor da Sinfra (Superintendência de Infraestrutura), aqui, participando da gestão ativamente e agora em janeiro a gente concorreu para direção. Fomos vitoriosos no pleito eleitoral, estou desde fevereiro na direção na UFMA. Foi a primeira (votação) online e com recorde de votos.
Sophia B: Sobre a UFMA, a gente sabe que é um espaço público e de vez em quando vemos pessoas de fora entrando para usar o banheiro, beber água, como é feita a segurança com essa movimentação?
Leonardo H: As universidades públicas não têm restrição de público, de acesso ao público, então o cidadão pode entrar, utilizar a biblioteca, utilizar os demais espaços. É óbvio que dentro de uma limitação específica, mas a segurança é feita pelos vigilantes. Sempre que os vigilantes veem algo suspeito eles já fazem a atuação devida.
Sophia B: Há algum plano de reforma para os banheiros? Por exemplo, consertar alguns trincos das portas ou colocar tampa no ralo.
Leonardo H: A gente já vem trabalhando dentro dessas reformas. Na direção você pode ver que a gente fez uma grande reforma ali, a gente está fazendo outras, e todas essas demandas que vêm surgindo estão dentro desse plano de ação da Sinfra, que é com o professor Marcos Gehlen. Eles fazem o diagnóstico, abrem a requisição, em São Luís, liberam a requisição, em seguida a gente faz o conserto.
Sophia B: O senhor pode informar sobre a obra de ampliação do campus? Na placa (colocada no local) diz que a vigência do contrato era até janeiro desse ano, quando que ela vai terminar?
Leonardo H: A licitação foi aprovada em janeiro de 2021 com previsão de término de 12 meses, janeiro de 2022. Efetivamente a obra começou em maio de 2021 e a empresa teve vários problemas. A gente notificou bastante ela, mais de quatro vezes, e os trâmites foram tomados pela Sinfra de São Luís e pela PPGT, que é a nossa Pró-Reitoria de Planejamento, Gestão e Transparência. A gente quebrou o contrato com a empresa e já está em processo de nova licitação com outra empresa, para poder continuar essa construção.
Sophia B: Como essa construção tinha objetivo de atender alguns cursos, pedagogia, contábeis, e essa questão da empresa, o atraso, como ficaram os discentes com essa questão de sala?
Leonardo H: Nesse retorno, está cerca de 50% presencial e 50% ainda remoto, não teve problema esse período de 2022.1, mas para 2022.2 a gente já está se mobilizando junto a locais próximos da UFMA. A gente vai conversar com cada coordenador de cada curso para verificar qual a demanda do número de salas e aqueles cursos que não conseguir atender aqui a gente vai tentar atender ou no campus do Bom Jesus, que é a nossa outra unidade, ou em outros locais, como por exemplo: a escola estadual do Tocantins, fica do lado da UFMA, tem também a escola Graça Aranha que estava recebendo essas aulas. Então, enquanto a obra não for concluída, a gente vai viabilizando esses locais para ter as aulas.
Sophia B: A UFMA tem condições de se manter presencial ou agora vai ser híbrido?
Leonardo H: A previsão é que 2022.2 já seja 100% presencial. Em cima disso que você perguntou da questão híbrida: está havendo uma questão da minuta da UFMA, de inclusão de alguns componentes EaD dentro dos cursos. Pode ser que um ou outro componente do seu curso, após uma análise e estudo, pode ser que fique de forma remota uma ou outra disciplina.
Sophia B: As aulas presenciais voltaram há um tempo e sem o restaurante, a cantina. Quando e como isso vai ser resolvido?
Leonardo H: Em relação à cantina, nós tínhamos a modalidade antes de cessão, era cedido o espaço, tanto daqui (campus Centro), como do Bom Jesus. Esses espaços, que hoje está cedido no Bom Jesus e que no momento a gente está sem ninguém no campus Centro, já estão sendo licitados para em 2022.2 iniciar com alguma empresa tomando conta desses locais.
Sophia B: Quais são as propostas ou projetos para esse ano?
Leonardo H: Primeiro tem que pensar direitinho como vai ser esse retorno 100% presencial. Precisa dar suporte aos cursos de graduação e de pós-graduação para conseguir efetivamente ter um retorno seguro, com a utilização de máscaras, cobrando a questão da vacinação de todos da comunidade acadêmica. A gente vem já fazendo algumas melhorias de forma bem pontual nos cursos de graduação e pós-graduação para tentar dar melhor estrutura possível para toda comunidade.
Sophia B: Qual marca o senhor quer deixar nessa gestão?
Leonardo H: A marca do slogan da campanha foi “trabalho e inovação” e a frase: “inovar para crescer”. Então a ideia foi trazer uma renovação, mudar a cara da gestão.
Bate bola:
SB: Um livro?
LH: O Anel de Noivado, de Danielle Steel.
SB: Uma universidade?
LH: UFMA.
SB: Uma frase?
LH: “Inovar para crescer”.
SB: O maior desafio da docência?
LH: É continuar demonstrando para a sociedade a nossa importância.
S: Pesquisador, diretor ou professor?
LH: Os três, [risos].
