Vinda da nova universidade federal no Maranhão é considerada tardia

Audiência pública para falar da nova universidade federal do Maranhão

Na quinta-feira, 27 de abril de 2023, aconteceu na Câmara Municipal da cidade de Imperatriz uma audiência pública para discutir a respeito da separação da Universidade Federal do Maranhão, UFMA, do campus de Imperatriz.

A emancipação, que está no papel desde 1990, visa criar uma nova universidade e alcançar autonomia em suas atividades, não dependendo do campus de São Luís para progredir. Durante as falas da sessão foi colocado que essa nova federal tem como objetivo aumentar a autonomia dos cursos de graduação e pós aqui da cidade e região e melhorar ainda mais a estrutura dos campi que abrigam os estudantes e trabalhadores da instituição.

A audiência foi proposta pelo vereador Carlos Hermes (PCdoB), por meio da Comissão de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo. No momento estavam presentes representantes dos nove cursos da UFMA de Imperatriz, além da Reitora da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão, Luciléa Lopes, que afirmou que a vinda dessa nova federal já é tardia. “Considerando o que ocorreu com a Uemasul, nós éramos um centro de estudos e quando ganhamos nossa autonomia em 2016, nesses últimos seis anos a gente percebe o ganho positivo em muitos aspectos, que é ensino, pesquisa, extensão e inovação. Então, consideramos altamente positiva, já é tardia essa vinda de uma universidade federal autônoma para cá para essa região”, declarou ela.

Reitora da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão

Na sessão, que teve uma duração de quase duas horas e meia, muitos representantes e figuras públicas tiveram seus momentos de fala para comentar e discutir sobre como a nova universidade impactará nas demais unidades de ensino, como é o caso do diretor do campus de Grajaú, Aluízio José Fernandes Júnior, que afirma que essa nova federal afetaria diretamente as demandas das universidades do sul do estado, que atualmente são ligadas a universidade de São Luís, porém, o fato de afetar as demandas diretamente não significa que é um ponto negativo, mas sim positivo pelo fato de aumentar as soluções para essas demandas e ainda aumentar o número de docentes e servidores na instituição.

Para a representante e integrante do centro acadêmico do curso de direito, Ágata Barros, o objetivo central dessa divisão “seria a construção de novos meios para que facilitasse as obras que estão paradas, as manutenções dos equipamentos, o utensílios básicos para área de saúde, para a área de comunicação.  Então o objetivo central é ter essa autonomia, porque a gente sempre fica à mercê de São Luís, essa questão de verbas também é sempre uma burocracia. Então a emancipação facilitaria esse meio para gente aqui da região”, contou ela.

A criação da nova federal incentiva ainda outras instituições de ensino a terem vontade de também se dividirem de suas sedes, como é o caso do Instituto Federal do Maranhão, IFMA, da cidade de Imperatriz, de acordo com o diretor do IFMA, Lauro Pinheiro, que nos informou em entrevista que “também tem proposta de emancipação e e eu tô torcendo muito para que a UFMA realmente consiga isso, porque a gente já tem a Uemasul e quem sabe daqui a pouco tempo a gente tenha tanto o IFMA, a UFMA e a Uema que agora já é Uemasul”.

Representantes e figuras públicas que participaram da audiência