Falta comida nos restaurantes públicos de Imperatriz

Frequentadores dos restaurantes públicos da cidade reclamam que, além de enfrentarem longas filas, não conseguem fazer uma refeição completa e muitas vezes ficam sem almoçar. Em vez de aumentarem o número de refeições servidas, os restaurantes as diminuíram gradualmente, e hoje a queda representa 20% no Restaurante Comunitário e 37,5% no Restaurante Popular.

O Restaurante Comunitário da Rua Bom Futuro, construído com recursos do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e atualmente mantido por uma empresa privada, servia, inicialmente, 300 refeições, aumentou para 500 e atualmente são servidas 400.

A secretária administrativa Karina Martins afirma ser desconhecedora do problema: “A gente tem uma média diária e é a primeira vez que ouvimos reclamações”. A coordenadora do estabelecimento Dalvina Sucarely diz que as refeições foram diminuídas com a inauguração do Restaurante Popular da Rua Simplício Moreira e que há dias em que até sobra comida.

“Quando chego lá só tem caldo e arroz”, reclama a cabeleireira Vânia Sousa que almoça lá de segunda a sexta-feira e, embora chegue 11h30, várias vezes ficou sem almoçar e mesmo com a ficha na mão não consegue fazer uma refeição completa.

O Restaurante Popular da Rua Simplício Moreira, mantido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) em conjunto com a Prefeitura, passa pelo mesmo problema.  Inicialmente eram servidas entre 750 e 800 refeições. Hoje são servidas apenas 500. Segundo o estudante de Enfermagem Carlos André Leite, para garantir a refeição ele chega às 10h30, embora o restaurante abra somente às 11 horas. Ele diz que já presenciou várias vezes pessoas não conseguirem almoçar por chegarem a partir do horário de abertura do restaurante. Da mesma forma, a estudante Abigail dos Santos reclama que várias vezes ficou sem almoçar.

Segundo a assistente social Francisca Antônia, na época em que o estabelecimento começou a funcionar não havia frequentadores suficientes para evitar o desperdício de alimentos. Por isso a administração decidiu diminuir o número de refeições. O coordenador do Restaurante Popular Natalino Lima confirma as informações da assistente social. Ele acrescenta: “Sempre tem pessoas reclamando, pois não conseguimos agradar a todos”.

Soluções: Para conter as reclamações o coordenador Lima diz que quando for possível aumentará o número de refeições para solucionar o problema, enquanto no Restaurante Comunitário a coordenação afirmou ter como meta aumentá-las para 1000.