Por: Eula Rebeca
Categoria apresenta maior Índice percentual para o mês de janeiro desde o ano de 2016
O preço de produtos como Alimentos e bebidas está mais alto para o consumidor no início deste ano, segundo dados divulgados pelo IBGE, presentes no relatório do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em janeiro, sendo que o maior impacto veio do grupo Alimentação e bebidas com um percentual de 1,53%.
Esse é o maior percentual para um mês de Janeiro desde o ano de 2016, quando apresentou um índice de 0,92%.
Produtos como frutas, tubérculos, raízes e legumes apresentaram maior aumento no preço, itens que são de consumo básico e essenciais na feira do Imperatrizensse.
Com o país enfrentando uma crise econômica e muitas pessoas dependendo de auxílio emergencial, essa variação tem bastante impacto na hora de fazer a feira, como por exemplo para a vendedora em loja de roupas, Érica Dayane, “o preço das coisas está muito caro, o dinheiro só ta dando pra fazer a feira e só comprando o básico mesmo chega a gente sai do mercado triste”.
O motivo para o aumento nessa categoria pode ser explicado pelo impacto que a pandemia gerou na economia nacional. Segundo o Economista Walef Brito, alimentos como o arroz e carne estarem tão caros é resultado de um apunhado de acontecimentos do último ano, entre eles, a desvalorização do real e aumento do dólar, que fez com que a produção desses produtos fossem voltadas para o exterior, acelerando a inflação durante esse período, “o produtor interno vendo o dólar a quase cinco reais prefere exportar os alimentos do que vender para economia domestica, o que gera uma inflação muito maior do que era esperado”.
Ainda seguindo os dados apresentados no relatório, apesar dos índices ainda serem considerados altos, o número está abaixo da taxa registrada no mês de Dezembro do ano passado, que obteve a taxa percentual de 1,06%. A desaceleração da inflação sobre o preço desses grupos ocorreu principalmente por conta dos alimentos para consumo no domicílio, que passaram de 2,57% em dezembro para 1,73% em janeiro.
Mais informações no site: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/2376/ipca_15_2021_jan.pdf
