Vida de universitário: estudantes relatam os desafios do cotidiano

Texto: Bárbara Gomes, Julio Cezar Nascimento, Daianny Assunção e Allison Coelho

Entrar na universidade é um passo muito importante para uma pessoa. Com a aprovação no vestibular, surgem as expectativas: novas amizades, festas e a transição da adolescência para a vida adulta. No entanto, a realidade para muitos estudantes pode ser outra, pois o ingresso no ensino superior também envolve responsabilidades.

Para a estudante de psicologia da Unisulma, Hellen Giovana, a vida universitária causa uma grande pressão psicológica por diversos fatores. “Tanto por parte do próprio universitário, que por vezes tem um alto nível de cobrança de si, quanto pelos professores e do sistema educacional da faculdade, dando curtos prazos para entrega de trabalhos, pesquisas e relatórios”. Ela acrescenta que os gastos com transporte, alimentação e livros também podem ser mais um motivo de preocupação para os alunos.

Hellen Giovanna (em pé), da Unisulma, fala das pressões psicológicas da vida acadêmica (Foto: Mikaelle Marinho)

Já  na opinião do acadêmico de comunicação social da UFMA, Lucas Calixto, ser universitário impacta, pois é preciso lutar por uma graduação o mais rápido possível para entrar no mercado de trabalho. “Eu mesmo tenho um desafio maior, porque além de estudar, tenho que trabalhar em outras áreas para conseguir pagar contas e bancar os custos que um universitário tem. Tudo isso afeta muito o desempenho na universidade e nossa vida pessoal”, acrescenta Lucas.

Um dos fatores cruciais que afetou negativamente a saúde mental dos estudantes foi a pandemia da Covid-19. Para muitos alunos, a suspensão das aulas atrapalhou até mesmo o término dos cursos. Lucas também teve muita dificuldade para se adaptar às atividades online. A estudante de administração da Uemasul, Natália Santos acrescenta que a pandemia foi responsável por inúmeras mudanças na sua vida social. “Com o isolamento me tornei uma pessoa diferente, em alguns pontos para melhor, em outros não”, relata a universitária.

Hellen Giovanna ressalta que, no sentido acadêmico, a pandemia foi prejudicial. “Com a “facilidade” da Educação à Distância (EAD), você fica mais relaxado, comparado aos estudos presenciais. É fácil burlar seu próprio estudo, e isso traz muitos efeitos negativos futuramente”. Ela acrescenta que mesmo considerando o ensino online mais tranquilo, não se pode negar que todos estavam vivendo uma pandemia mundial, com inúmeras pessoas morrendo por dia, o que causou uma grande pressão psicológica.

Natália Santos menciona também a menor concentração em sala de aula,  rendimento insuficiente nas disciplinas e, em consequência, notas mais baixas. “São coisas que podem ser recuperadas com o tempo. Porém, até isso acontecer, o psicológico ainda fica confuso, tentando acompanhar tudo para não se prejudicar ou até mesmo chegar a uma reprovação”, afirma a universitária.

Para Giovanna, a pandemia foi um momento incomum, sendo que todos enfrentaram o medo de pegar a Covid, perder alguém amado, além da ansiedade pela descoberta da vacina. A estudante de psicologia reflete que o universitário acaba carregando marcas, transferidas para o seu rendimento escolar. “Somos humanos com sentimentos, e se algo não está bem, irá se refletir em cada esfera social que participamos. Assim, os efeitos negativos são observados em nossos comportamentos, na ansiedade generalizada que se iniciou nos momentos de crise na pandemia, ou na dor e a saudade das perdas que tivemos.”

Retorno presencial

Por outro lado, o retorno das aulas presenciais também foi um dos motivos de pressão psicológica. “Já estávamos acostumadas às aulas online e tudo teve que ser desfeito. Professores e alunos tiveram que voltar à sua rotina de antes”, relata Giovanna. Natália acrescenta que a carga horária de todas as disciplinas também aumentou. “São mais matérias, trabalhos, provas e atividades. E mais dias estudados. Atualmente, estudamos de segunda a sábado, o que deixa a vida de todos os estudantes ainda mais complicada”, relata a estudante de administração. Para Lucas, a pressão psicológica aumentou com a paralisação das aulas. “Tudo isso atrasou muito e afetou minha expectativa de terminar cedo o curso”.

Lucas Calixto, da UFMA, tenta conciliar o trabalho com os estudos

Giovanna afirma que ela e os seus amigos estão sobrecarregados e cansados. “Sempre comentam que a vida universitária tem seus pontos positivos, porém não é um ambiente muito saudável de se estar”. A estudante revela que escuta frequentemente queixas de seus amigos: há muita cobrança por parte de alguns professores, e vários estudantes têm dificuldade para conciliar os estudos com o trabalho. Este é o caso da universitária Natália e seus colegas de curso. “Como somos do turno da noite, todos trabalham durante o dia e aumenta ainda mais a pressão devido aos horários, pouco tempo para realizar as tarefas da faculdade e menos vida social”, afirma a estudante de administração.

A professora universitária e psicóloga, Úrsula Franco, avalia que as principais queixas dos alunos são a dificuldade em manter uma rotina de estudos e um estilo de vida saudável, o que acaba gerando ansiedade e depressão. A procura por uma ajuda psicológica na universidade varia dos mais diversos cursos. “Existe uma demanda diversa. Entre os cursos que mais atendo, são os estudantes de enfermagem, fisioterapia, farmácia e direito”, explica a psicóloga.

Úrsula detalha, ainda, o perfil dos universitários. “Estudantes ansiosos e que possuem dificuldade para se organizar e manter uma rotina de estudos, deixando para estudar apenas às vésperas das provas”. Existem também aqueles que estudam e trabalham, o que os leva a sentir-se sobrecarregados e com baixo rendimento acadêmico.

Longe de casa

O estudante imperatrizense de Medicina, Vitor Veloso, 20 anos, mora em Assunção, no Paraguai e relatou que estudar longe da família é uma chance de aproveitar uma oportunidade que reflete realização pessoal e familiar. “Agora entendo que pode ser uma faca de dois gumes para algumas pessoas”, destaca. Para ele o ensino é bom, existem muitos brasileiros vivenciando as mesmas experiências e as estruturas das faculdades também são excelentes. “Sem mencionar os custos, que podem chegar a ser 80% menores que cursar uma faculdade no Brasil”. Em compensação, segundo Vitor, existem muitos fatores de desestabilização. “Você está praticamente sozinho, e muitos dos que desistiram de suas carreiras aqui, foi justamente por não terem suportado o desgaste de sua saúde mental”.

Desfrutar de uma cultura nova com um idioma não dominante, também é um desafio para Vitor. “Você está sujeito a xenofobia, racismo, intolerância religiosa e nesses anos que passei aqui, já presenciei muitos acontecimentos que serão inesquecíveis, em relação a essas coisas”, lamentou o estudante.

Vitor considera que poderia falar horas de vantagens e desvantagens de estudar longe da família. “Mas, isso vai depender de cada pessoa e de quão fervoroso é pra ela a realização desse sonho”. Ele recomenda, mesmo assim, a experiência para estudantes que queiram morar em países estrangeiros. “Apesar dos pesares, aprendemos muito. Realmente é onde estaremos mais perto de realizar não só nosso sonho, como de nossa família também”, relatou.

A oportunidade de cursar um curso de graduação em uma universidade foi um desafio que Thiago Rocha enfrentou, pois aconteceram diversos fatores até conseguir adentrar em uma instituição pública.  “Saí de Imperatriz para estudar e tentar uma vida melhor pra minha família e uma formação digna pra mim, mas não pense que é uma coisa fácil”, alerta.

Thiago conta que foi sofrido se transferir para Bom Jesus (PI). “Tive que me reorganizar. Bate a saudade de casa da família e do meu filho, somos apegados e só posso estar com eles nas férias”. Mesmo assim, o estudante considera que logo esse tempo vai passar e ele estará formado em agronomia, o curso que estuda e diz que sempre quis fazer.

Grande parte das instituições de Ensino Superior públicas no Brasil aprovam políticas de Assistência Estudantil como Políticas Pública de Permanência de seus discentes nos cursos de graduação. São editais de auxílios, como os de alimentação, transporte, moradia e creche, bolsas de pesquisas e de extensão, estágios remunerados, residências médicas, ou acordos com órgãos públicos, buscando a extensão universitária. Já na pós-graduação, são oferecidas bolsas como incentivo ao estudante, seja ele mestrado ou doutorado. Porém, em ambos os casos acontecem seleções e avaliações de quem está apto.

O estudante de Agronomia da Uemasul, Acássio Soares,  21 anos, relatou que estudar longe da família não é nada fácil para ele, já que a distância de Amarante (MA) para Imperatriz é de cerca de 110 km. “Isso atrapalha muito. Às vezes só quero ficar perto deles, almoçar comidinha de mamãe”, comenta, rindo. Porém, por conta dos trabalhos, provas e projetos da universidade, Acássio fica muito tempo sem visitar a sua cidade. “Dói muito a saudade, não consigo descrever”, diz, emocionado. Ela pensava que passar no vestibular fosse difícil, porém, enfrentou mais obstáculos com a saudade. “E no fim das contas nenhum diploma vai trazer de volta aquele tempo que eu perdi de ficar perto da minha família e amigos. Esse é o preço do sonho de ser formado”.

A acadêmica de Letras-Inglês Luiza Macêdo, 22 anos, relata que veio de Presidente Dutra (MA) há seis anos para estudar em Imperatriz. “No começo foi bem difícil. Eu era muito nova e nunca tinha passado mais que um mês longe dos meus pais. Além de que não sabia como me virar sozinha ainda”. Luiza explica que, com o tempo, foi se adaptando, fazendo novas amizades e aprendendo como é cuidar da sua própria casa, o que a levou a se habituar à sua nova situação. “Hoje em dia já é normal, mas eu ainda sinto muita falta da minha família. Principalmente em momentos que para baixo. Aqueles momentos que a gente só precisa de um colo e um abraço quentinho, cheio de amor”, comenta.

A estudante considera que são em horas assim que as chamadas de vídeo representam uma escapatória para saciar o sentimento de falta. “No começo tudo ainda é muito novo, muito assustador. Mas ajuda a crescer e seguir em frente. Porém, a saudade existe, mas a gente aprende a lidar com ela”, considera Luiza.

Com o deslocamento para outras cidades, os estudantes enfrentam diversas dificuldades e dentre elas estão a transição, a adaptação em novas localidades e os costumes que são diferentes. Além da acomodação domiciliar, já que muitos preferem morar próximos da instituição que vão estudar, facilitando sua locomoção e evitando gastos.

Na maioria das vezes essas dificuldades vão da alimentação, transporte, moradia, internet em casa, aos materiais tecnológicos que dão suporte às atividades acadêmicas. A alternativa que muitos encontram é convidar alguém pra dividir gastos como os de aluguel e se manter durante o curso. Em alguns casos, sempre é importante pesquisar antes o local para onde vai se mudar, evitando um pouco mais de transtornos.

Políticas de inclusão

Segundo Verônica Silva, 22 anos, que trabalha na Uemasul, grande parte dos estudantes que vêm de fora ou são sustentados pelos pais buscam alguma assistência de permanência estudantil da universidade. “Pra se manter no curso, pois é muito difícil esse deslocamento e o distanciamento da família. Ouvimos relatos que nos deixam de coração partido, são muitas necessidades”, afirma.

Ela ainda ressalta que na instituição à qual está vinculada recentemente foram aprovados pelo Conselho Universitário (Consun) cinco  auxílios estudantis de transporte, moradia, creche, alimentação e refeição. “Essas políticas de assistência estudantis são importantíssimas pra que não haja evasão nos cursos de graduação e permitem uma melhor qualidade de vida pra esses estudantes que tanto necessitam”, destaca Verônica Silva.

Já os restaurantes universitários (Rus) também são de grande importância. Além de oferecerem uma refeição digna, apresentam diversidade no cardápio, atendendo aos grupos que optarem pela comida que quiserem, conforme considera Verônica. Inclusive existe um projeto em andamento de mais um RU para ser implantado na instituição na qual estou vinculada”, informa.

Trabalho e estudo

“Apesar das dificuldades, eu não posso desistir. Ao contrário do que muitos pensam, eu não trabalho porque quero, eu trabalho porque preciso”,  relata a estudante universitária de pedagogia da UFMA, Daniely Assunção Lima, 20 anos, que mora em Davinópolis,  há 15,4 km de Imperatriz, cidade onde estuda.

A graduanda trabalha à tarde como estagiária na escola Alfa e  estuda pela manhã. De acordo com ela, é muito difícil manter uma dupla jornada, o que a impede, muitas vezes, de conseguir administrar um tempo para o estudo. “Eu acordo cedo, umas 7h30, pra fazer meu almoço para levar  pro trabalho. Ao mesmo tempo em que eu cozinho, eu assisto às minhas aulas remotas. A dificuldade começa daí, que às vezes eu preciso fazer tudo rápido para poder pegar o ônibus, ao mesmo tempo cozinhar e assistir às aulas, e fica muito pesado pra mim”, conta Daniely.

Devido a essa rotina, ela relata que já ficou várias vezes sem almoçar, por    falta de dinheiro, e por não ter tido tempo para cozinhar de manhã, por estar fazendo uma atividade, ou prova. No trabalho ela dá banho nas crianças, coloca    para dormir, organiza as brincadeiras, presta auxílios em geral. Ela reclama também da passagem, fala que paga todo dia R$ 10. “É difícil arrumar transporte daqui pra lá, porque são poucas opções. E muitos motoristas nem aceitam a carteirinha do estudante. Também não é fácil ter dinheiro para pagar todo dia”, ressalta.

Conciliar rotina de estudos e trabalho nunca foi fácil. De acordo com pesquisas da Folha dirigida, o número de jovens que trabalham e estudam têm crescido bastante no Brasil. São aproximadamente 2,6 milhões de estudantes que enfrentam uma dupla jornada, segundo dados de 2019.

A estudante universitária de licenciatura em ciências biológicas, Aline Farias Silva, 20 anos,  da Universidade Estadual do Maranhão da região Tocantina (Uemasul), trabalha e estuda. Segundo ela, essa rotina é muito cansativa e,  por vezes, acaba afetando-a física e psicologicamente. “Eu  preciso acordar cedo, para poder pegar o ônibus. Geralmente eu acordo 4h, aí ando 15 minutos de casa até o centro, para pegar o ônibus. Quando eu saio da faculdade, fico esperando o ônibus das 5 às 6 horas. Para mim sai muito cansativo, sem contar na passagem, né? Tem que ter o dinheiro todo dia”, afirmou. A discente diz que paga R$ 2,50 de ida e volta e que quando começou a estudar, os irmãos é que garantiam a passagem, porque ela não tinha recursos e não estava trabalhando na época. Mas agora ficou mais fácil.

Aline reside em Senador La Roque, município há 25,9 Km de Imperatriz, onde estuda e trabalha. Diz que passa o dia todo nesta cidade, chega bem cedo, fica no laboratório onde trabalha, auxiliando os alunos, organiza e às vezes faz a detetização do laboratório. Por mais que seja uma tarefa muito difícil, a acadêmica diz que consegue conciliar trabalho estudo. “Às vezes, quando tem um tempo, no meu trabalho, aproveito para fazer minhas atividades. Claro que não é fácil arrumar um tempo  que dê, só que a gente não pode é parar de estudar, isso conta muito da gente”.

Do mesmo modo que a dupla jornada pode afetar o físico, também altera  o psicológico. De acordo com o acadêmico de Medicina Veterinária na Facimp, Arthur Roberto Nascimento Barreto, 21 anos, a segunda questão pesa bastante. Por vezes o estudante se viu em crises psicológicas, pois não encontrava nem tempo para relaxar. “Estresse, muito estresse. Meu trabalho exige muito do psicológico, né… Você saber gerenciar, que administrar o quanto que pode perder, o quanto que vai ganhar, o que pode fazer pra se controlar emocionalmente.” Roberto está no 5° período da faculdade e trabalha numa empresa de investimento, como trading.

Arthur Nascimento, da Facimp, já sentiu crises psicológicas por não conseguir relaxar

Para ele, tem sido muito corrido e puxado. Em seu trabalho faz operações na bolsa de valores. Ele acorda as 6h20, toma café, enfrenta o trânsito, que sempre é movimentado, fazendo com que chegue tarde no emprego. “ Meu trabalho exige muito psicológico. O que tem de fazer é se controlar emocionalmente… No início, quando eu comecei, era uma coisa bem mais complicada, porque eu queria estar o tempo inteiro trabalhando por conta da ansiedade. Eu acabava me ferrando, aí acabava que tinha um efeito contrário”, confessa.

Artur informa que às vezes precisa dar muita prioridade para o trabalho e não pode, da mesmo forma que não tem como  se empenhar ao máximo nos estudos, por não ter tempo para  revisar um assunto, ou fazer um trabalho da faculdade com calma. “Despeja muita pressão em cima de ti. Você sofre  mais por estresse, não tem tempo para lazer, de distração”, destacou.

De acordo com os três acadêmicos, os pontos positivos de trabalhar a estudar, são que a pessoa se torna mais responsável, e, com o dinheiro, é possível manter os custos. “Você consegue desenvolver mais habilidades multitarefas. A parte do dinheiro também, né?”, afirmou, sorrindo, o estudante de medicina veterinária Roberto Barreto. Danielly também concorda com esta opinião. “Ajuda a ter  mais experiência de vida e, com o salário que ganha, ajuda nos custos necessários”, complementa.

Covid: antes e depois

Devido à suspensão das aulas presenciais, várias faculdades e universidades adotaram o ensino remoto. Os acadêmicos e professores sentiram um grande impacto com essas mudanças. Agora, com um percentual significativo da população vacinada, aos poucos os estudantes retomam ao modo presencial, alguns felizes com a volta, mas outros nem tanto.

Este é o caso da estudante de psicologia da Faculdade Santa Terezinha (Fest), Fernanda Beatriz. Ela diz preferir o ensino remoto, porque facilita bastante a sua vida como jovem que trabalha e tem um dia exaustivo. “Mas, com o retorno às salas de aula meu desenvolvimento melhorou muito mais. Presencialmente eu consigo me concentrar e aprender mais, coisa que eu não estava conseguindo quando estava no remoto”, declarou com um leve sorriso.

Pensando de forma contrária, a estudante de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Isabella Santos, de 22 anos, relatou com empolgação sobre o retorno à sala de aula. “Sem dúvida prefiro o ensino presencial, o remoto é bastante conflituoso e de baixo aprendizado”.

Com a vida universitária voltando ao normal, há um sentimento positivo junto à comunidade universitária, como acredita a estudante de direito, Lorena Bezerra, da Fest. “Sinto que o retorno às aulas presenciais traz uma garantia maior que estou aprendendo bem, e não perdendo nenhuma experiência que a faculdade me traria”, afirma, demonstrando gratidão.

Devido ao surgimento da vacina da Covid-19, os universitários dizem acreditar que estão mais confortáveis para retornar às aulas presenciais. “Me sinto segura, mas uma nova onda de Covid pode surgir a qualquer momento”, considera a estudante de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Eduarda Félix, de 20 anos. Entretanto, a estudante de terapia ocupacional da Faculdade de Imperatriz, de 21 anos, teme uma nova onda da doença, por conta do retorno às aulas. “Sempre tem um pouco de medo de ter mais alguma doença, porém, me sinto mais segura de poder estar em convívio com outras pessoas”, pondera.