Eduarda Andrade
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), está enfrentando um desafio significativo. Recentemente, a UFMA caiu no ranking das melhores universidades da América Latina e do Caribe, um sinal de alerta para a comunidade acadêmica e para o estado do Maranhão.
O QS World University Rankings, um dos mais respeitados e reconhecidos rankings universitários do mundo publicou sua lista anual e a UFMA experimentou uma queda em sua classificação em comparação com anos anteriores. Foi de 181-190º lugar para 201-250º.
De acordo com a doutora e professora da UFMA Luciana da Silva Souza Reino essa queda se deu pela falta de investimento. A falta de financiamento adequado pode impactar a qualidade do ensino, pesquisa e infraestrutura da universidade. “Com todos os esforços dos alunos, professores, dos técnicos e da gestão, só tivemos essa queda. Diante de um cenário em que perdemos nos últimos anos bolsas de pesquisa, estrutura e investimentos”.
A queda da UFMA no ranking não é apenas uma preocupação para a própria universidade, mas também para o estado do Maranhão e a comunidade acadêmica em geral. Uma universidade bem classificada pode atrair estudantes talentosos, professores de renome e recursos de pesquisa significativos. Além disso, contribui para a reputação do estado em nível nacional e internacional.
O estudante Jean Queiroz fala que essa queda ocorreu devido ao desapoio a educação e as ciências no Brasil. “No último governo sofremos sucateamento das instituições de ensino superiores públicas, e isso criou um estereótipo de que a universidade não seria um campo pra estudar, mas sim um campo de militância que o governo na época acreditava que existia. Só que o resultado foi um desapego a educação e propostas que não existiam. A falta de investimento total, deixando instituições como a UFMA de lado.’’
A USP que é a 1° no ranking das universidades da América Latina e do Caribe, possui investimentos próprios com o governo do estado, além disso seu histórico e suas verbas são diferentes da UFMA e várias outras instituições públicas. A doutora e professora da UFMA Luciana da Silva Souza Reino comenta que não é justo fazer uma comparação entre elas, “Várias outras universidades públicas semelhantes a nós, nosso tamanho, nossa estrutura, também sofreram dessa forma”.
A administração da UFMA e seus apoiadores estão comprometidos em reverter essa queda no ranking. Isso inclui buscar mais financiamento, promover a pesquisa de alta qualidade e investir em tecnologia e infraestrutura. O diretor da UFMA campus Centro em Imperatriz Leonardo Hunaldo explica “A UFMA é uma instituição com um histórico respeitável e uma comunidade acadêmica dedicada. A esperança é que, com esforços concertados, a universidade possa recuperar sua posição entre as melhores da América Latina e do Caribe e continuar a fornecer uma educação de qualidade para as gerações futuras.”
