Técnico do Cavalo de Aço fala da carreira e sobre o futuro do time regional

Texto e fotos Nonoh Reis

Pedro Vírgilio Rocha Cuesta, ou Pedrinho Rocha, técnico de futebol, 50, nasceu em 14/11/1966,  Montevidéo, Uruguai, casado, e atualmente comanda a equipe da Sociedade Imperatriz de Desportos.  Campeão pelo Cavalo de Aço em 2005, Rocha foi o primeiro técnico a levantar um troféu do maranhense em Imperatriz. Foi eleito em 2004 o melhor treinador do campeonato paulista da série B. Rocha também foi vice-campeão do maranhense em 2006 e 2007 pelo time do Cavalo de Aço. Filho de Pedro Rocha, um dos zagueiros mais importantes do time do São Paulo, Rocha quer levar a proposta do pai  adiante, que é a de vencedor,  e aposta no futuro para concretizar esse legado. Rocha foi sondado para treinar um clube da China, porém não tem nada acertado ainda,  por enquanto ele está focado no time da cidade do Frei. O local foi o estádio Frei Epifânio D’abadia, no centro da segunda maior cidade do Maranhão, que Rocha concedeu a entrevista que segue. 

Pedro Rocha está pela terceira vez no comando do time de Imperatriz
Pedro Rocha está pela terceira vez no comando do time de Imperatriz

1 – O senhor já passou três vezes pelo time do Imperatriz, o que o fez aceitar o comando do Cavalo de Aço mais uma vez?

Rocha – A alegria de ter trabalhado aqui,  de ter conquistado um título,  a alegria do povo. A minha esposa é de Imperatriz. Quando recebi o convite não pensei duas vezes.

 

2- Com o elenco desse time que o senhor tem nas mãos hoje, dá só pra lutar de igual para igual com os outros times do campeonato Maranhense, ou dá pra levantar um troféu? 

Rocha –  Com certeza. Com certeza. Para o segundo turno do Maranhense nós estamos com um elenco muito bom, bem reforçado e vamos dar briga pelo título.

 

3- O senhor já teve proposta para treinar algum clube do exterior?

Rocha –  Tive uma proposta para comandar um time da primeira divisão da China, mas ainda estamos acertando os valores.. Por enquanto, estou focado no time do Imperatriz, no  campeonato Maranhense.

 

4- Qual o time de futebol que o senhor passou mais tempo no comando?  E o time que o senhor  menos tempo passou?

Rocha  – No time do Rio Branco do Acre, passei praticamente um ano. De dezembro de 2007 a novembro de 2008. O que menos tempo passei foi o time do Imperatriz quando fui contratado somente para a disputa da final do maranhense de 2007, onde fiquei com o vice-campeonato. Foi um único jogo no período de 25 dias.

 

5- Qual o mais fácil pro senhor, disputar o campeonato Maranhense ou a copa do Nordeste?

Rocha   – Não tem fácil. Não tem fácil. Os dois campeonatos são difíceis e cada um tem uma característica diferente. Na copa do Nordeste, por exemplo, as equipes são mais cadenciadas e que jogam tecnicamente,  enquanto que no campeonato Maranhense há mais correria, muito trabalho físico e muita velocidade na bola.  Não há facilidade em nenhum dos dois campeonatos.

Símbolo do time que representa a cidade
Símbolo do time que representa a cidade

6- Qual a sua visão com relação ao futebol atual do interior do Maranhão?

Rocha –   Há muita qualidade nos jogadores. Os atletas são muito rápidos, com bastante habilidade e marcam forte. Infelizmente, não são todas as equipes  que possuem boas estruturas. Porém, se a Federação de Futebol do Maranhão (FFM), ajudasse mais os clubes, principalmente, os do interior, mais jogadores seriam revelados para poderem fazer frente às equipes da capital, haja vista, que somente o time do Imperatriz tem uma estrutura à altura dos clubes de São Luís.

 

7- O senhor é muito rígido com seus jogadores nos treinos e nos jogos?

Rocha – Não. Não, não. O que a gente tem que ver é a disciplina. O trabalho do dia a dia. A gente exige muito dos profissionais, mas, nada de bancar o sargento, nada de cara durão.

 

8- Antes de ser técnico, em quais times o senhor jogou como profissional?

Rocha – Eu me formei nas categorias de base do Palmeiras, na época do Gérson Caçapa e do goleiro Manga. Depois fui jogar no Peñarol do Uruguai e mais tarde no Botafogo de Ribeirão preto e, finalmente, encerrei minha carreira como jogador profissional  no Central de Cotia de São Paulo.

 

9- Qual a sua relação com os jogadores dos clubes por onde o senhor passou?

Rocha– Acredito que seja uma relação muito boa. Eu exijo do jogador um profissionalismo. Não sou traíra  e procuro ser o mais justo possível com os jogadores no momento de entrar em campo.

 

10- Defesa ou ataque, com qual dessas características o senhor mais se representa?

Rocha – Acho que as duas. Uma equipe tem que saber se defender e também atacar, então, a gente trabalha muito as duas situações.