Rio Tocantins e seus relatos e curiosidades

FOTO E EDIÇÃO: VALDEÍRES FERREIRA

Texto: Rainara Ferreira

Por ser uma maravilha natural, o rio Tocantins recebe uma grande movimentação no período de veraneio em suas praias e também há aquelas pessoas que atravessam o rio diariamente e admiram suas lindezas. Conheça histórias de amor, convivências frequentes e meios de sustento, para quem convive constantemente usufruindo de seu encanto pelo Rio Tocantins.

O rio Tocantins no período de veraneio se torna uma opção de lazer. Pois entre os meses de Junho a Novembro o rio abaixa e fica cheio de bancos de areias e as praias se formam ganhando movimentação de banhistas e vendedores de todos os lugares. O local se torna a principal referência de lazer na cidade .

O sol forte e o clima quente são motivo de alegria para os vendedores que esperam bons lucros nesta época do ano. Rosilene do Nascimento Sousa, 45 anos, trabalha na praia do Cacau em uma barraca no período veraneio a mais de cinco anos, em sua barraca vende peixe frito, carne de sol, bebidas e entre outros. “Além desses itens que são consumidos pelos clientes e a beleza que o rio Tocantins nos oferece, o que não pode faltar para ganhar o sorriso dos banhistas é ter um  bom atendimento” explica Rosilene.

A longa extensão das águas do rio Tocantins se transforma todos os anos em uma grande área de lazer para crianças e adultos e a praia é o objeto de desejo dos visitantes oferecendo águas calmas, contemplação com a natureza e uma bela aventura. É importante destacar que a segurança conta também como parte da diversão praiana, a Defesa Civil trabalha com a fiscalização na movimentação sobre as margens do rio Tocantins.

O superintendente da Defesa Civil de Imperatriz, Josiano Galvão, relata sobre algumas medidas que devem ser tomadas e as novidades que serão ampliadas. “Com a redução gradual do nível do rio Tocantins que se encontra com 1,42m esta é uma temporada onde os bancos de areia vem para o lado do rio, e a circulação das praias se tornam grandes, já vamos começar com a infraestrutura e força de segurança como guarda municipal e os corpos de bombeiros para a segurança de todos” comenta Josiano.

Ele ainda comenta sobre as novidades dos eventos culturais nas praias para animar ainda mais os banhistas, “Vamos ampliar com programações de serestas, contemplando artistas locais e de fora também”, finaliza Josiano.

FO TO: VALDEÍRES FERREIRA/ As águas do Tocantins perpassam ainda um conjunto de municípios das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil, dentre as quais se encontram os estados: Goiás, Maranhão, Tocantins e Pará.

Travessia diária no rio Tocantins  

Texto: Andressa Rocha

É comum diversas pessoas atravessarem o rio diariamente, seja por obrigação ou por apreciar atividades que contemplem a graciosidade do rio Tocantins, Francisco de Assis Machado da Conceição, 26 anos, é uma das pessoas  que atravessam o rio todo dia, o motivo é pelo trabalho, Francisco de Assis percorre o mesmo percurso todos os dias duas vezes, ele mora na Bela Vista e trabalha em Imperatriz no Armazém Paraíba, o jovem atravessa o Tocantins pela balsa, e comenta “Na realidade eu atravesso o rio por necessidade mas a gente tenta o máximo aproveita a beleza do rio e da paisagem”.

Andrea Miranda, 49 anos, transpõe o Tocantins por opção e admiração, o seu trajeto é feito pela ponte, ela conta que é dona de uma chácara na Bela Vista e mora em Imperatriz. Andrea Miranda explica que tem um ótimo relacionamento com o rio “Acho lindo demais, andei de bicicleta com meu esposo, todos os dias, por 6 meses, atravessando a ponte e voltando pela balsa”, ela ainda ressalta “ Amo tomar banho, andar de lancha, olhar e meditar na Palavra de Deus, a beira do rio”, a extensão de sua paixão pela beleza natural reflete até onde mora, pois segundo a Andrea Miranda, ela mora no bairro Nova Imperatriz e seu prédio tem uma visão linda do rio no qual fica admirando. 

Um meio de renda

Foto: Andressa Rocha
Foto: Andressa Rocha/ Barcos no rio Tocantins que proporciona os transportes de turista as praias da região afim de trazer uma economia para Ribeirinhos.

O rio Tocantins para muitos é uma formosura a ser contemplada, e para outros é  um meio de garantir sustento. Luiz Alves de Sousa, 55 anos, tem 12 anos que trabalha com a fabricação de embarcações, ele possui uma embarcação e trabalhou muito tempo como barqueiro, mas passou o cargo para o seu filho que fica encarregado de lidar com travessias de pessoas para as praias, enquanto ele fabrica barcos.   

Seu Luiz Alves explica sobre os períodos do ano que o seu rendimento é melhor “ é do mês de maio para junho e julho, que aqui é bom, para todos nós, a pessoa que vive aqui na beira do rio, que vive do rio”, ele comenta que a época é bom de lucro para todos desde barracas até barqueiros, do decorrer de junho a setembro. Além disso, Luiz Alves destaca que em dia de domingo em média de 10 mil pessoas, descem o porto da balsa procurando praias. 

Luiz Alves explica sua relação com o rio Tocantins “ é uma coisa muito maravilhosa, porque eu nasci e me criei na beira desse rio, trabalhando na beira do rio, trabalhei muito empregado, mas sempre com atividades do lado do rio, pra mim o rio é tudo de importante”.   

Abdias Santos Bandeira, 29 anos, é pescador desde os dois anos e pratica a atividade pesqueira há 27 anos no rio Tocantins, ele comenta que ele foi feito no rio. Ser pescador não é a sua única renda, Abdias Santos explica que além de trabalhar com peixes, ele se ocupa com a montagem de som e faz vários serviços gerais.      

O pescador explica que em setembro por diante ocorre a época de reprodução de peixes, e como a pesca é proibida nesse tempo, e também o período de veraneio acaba, ele atua em outras áreas. O rio Tocantins para o Abdias Santos Bandeira é tudo ele ainda acrescenta “  não é atoa que estou pintando a canoa com o nome não jogue lixo no rio”.

Para Abdias Santos a melhor fase para pescar é no verão, quando o rio baixa e os cardumes começam a subir,  ele conta que nesse tempo as espécies de peixes que eles mais capturam são: voador, branquinha, mapará, curimbatá. Ele ainda inclui “quando a gente tira para pescar mesmo, a gente pega oito caixas,  800 kg por viagem e por semana”.  

FOTO: VALDEÍRES FERREIRA
FOTO: VALDEÍRES FERREIRA

Expediente

FOTOS E EDIÇÃO: VALDEÍRES FERREIRA

LEGENDAS: VIVIA MARIA

Repórter: Rainara Ferreira

Repórter: Andressa Rocha