
Rodrigo da Silva Rodrigues, de 20 anos, é surdo e cursa Pedagogia na Universidade Federal do Maranhão (Ufma). Apesar das aulas terem iniciado no mês de agosto, até agora a universidade não providenciou um intérprete para o estudante.
A falta de intérprete levou Rodrigo Rodrigues a mover uma ação civil pública no Ministério Publico solicitando a contratação de um profissional que lhe acompanhe durante a graduação. Atualmente, o curso de pedagogia conta com dois alunos surdos e apenas um intérprete de libras.
A administração da Ufma Imperatriz declarou que não cabe a eles a contratação de funcionários e, por isso, solicitou a Pró-Reitoria de Recursos Humanos que a fizessem. A PRH abriu um processo de contratação temporária de intérprete em maio, porém não tiveram aprovados. O diretor de centro, Daniel Duarte Costa, afirmou que já solicitaram um novo seletivo e esperam que dessa vez haja aprovados.
O representante do Centro Acadêmico Paulo Freire (Caped), José Miguel Tavares, 20 anos, afirmou estar preparando um abaixo-assinado para apoiar Rodrigo Rodrigues e solicitar a contratação de três novos intérpretes, além de exigir a qualificação dos demais colaboradores da instituição na língua de sinais.
Desde 2015, a Lei Nº13.146 do Estatuto da Pessoa com Deficiência declara que a educação no Brasil deve ser inclusiva e que todas as salas de aulas com alunos surdos devem ter tradutores e intérprete de libras, para garantir o aprendizado de todos.