Empresas migram para o comércio on-line

Empresários acostumados ao trabalho presencial se reinventam para o mercado digital. Foto: Nara Oliveira.

As palavras adaptação e mercado digital entraram para o vocabulário de empresários como estratégia e necessidade de mercado

Nara Oliveira

Diante dos decretos para fechamento dos negócios físicos no início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), os microempreendedores tiveram que se reinventar e se adaptar ao cenário fazendo uma migração para o comércio on-line.

O mercado digital foi a solução encontrada para que as empresas continuassem funcionando e oferecendo seus serviços de maneira segura. Segundo Jadson da Silva Andrade, 20 anos, presidente da empresa Protagonismo Jovem, que oferece curso de profissionalismo presenciais, a mudança já era uma estratégia  da empresa, que tinha o objetivo de lançar uma plataforma digital exclusiva e, com a pandemia, apenas teve uma aceleração .

“Apesar da migração já ser uma meta, foi um grande desafio fazer com que o   público que estava fora pudesse participar dos nossos eventos de forma remota. Ao migrar para o mercado digital as empresas precisam estar preparadas para a atender a demanda dos clientes e fazer com que ele se adapte a esse novo cenário”, relata Andrade.

Durante a pandemia as vendas on-line aumentaram 137,35%, de acordo com os dados divulgados pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, em parceria com o Movimento Compre & Confie.

Para a empresária Valdilene Sousa da Silva, 50 anos, dona da loja de confecção Geek Rock Store, foi um desafio se adaptar ao novo mundo do comércio. “Mesmo com o fechamento do estabelecimento continuamos nossas vendas de forma on-line, via Whatsapp. Fechamos com o cliente e fazemos entregas em domicílio”. Ela conta que o movimento aumentou 20%.

Para Leticia Fernanda Chaves, 21 anos, cliente da empresa, é mais seguro e confortável comprar pela internet. “Evitando aglomerações, uma forma de impedir a disseminação do vírus, nem todo mundo respeita as normas básicas para se proteger”, diz.

O aumento nas vendas virtuais também contribui para o crescimento de outros serviços, como os de entrega. “Muitos clientes preferem que as mercadorias sejam entregues nas suas residências, como antes não fazíamos entrega, tivemos que aderir aos serviços deliverys”, relata a empresária Valdilene.

 

Matéria produzida para a disciplina de Redação Jornalística, semestre 2020.1, com a orientação da profa. Yara Medeiros.