CPI da Covid estuda indicar Bolsonaro por crimes na pandemia

A entrega  do relatório está prevista para meados de setembro e indica o presidente e outros investigados da CPI  para investigação por transformar o tratamento da Covid-19 em política pública, o incentivo no uso  de medicamentos ineficazes, não defender o isolamento social e negligenciar a crise sanitária em Manaus,  como também no retardo da compra da vacinas e o contrato irregular na compra da  vacina Indiana Covaxin, entres outros crimes.

O presidente também pode incorrer em infração de medida sanitária preventiva, por andar em locais públicos sem máscara, não respeitar o distanciamento social e também pelas ações e omissões quanto ao combate ao novo coronavirus. O vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues alega que Bolsonaro também seja indicado por crimes de charlatanismo.

A CPI da Covid-19 virou uma verdadeira novela nos casos de investigação contra o Presidente por crimes comuns e crimes de responsabilidade referente a crise sanitária. Em meio a essas polêmicas, o Bolsonaro aproveitou para intensificar suas críticas às urnas eletrônicas defendendo o voto impresso, que teve PEC derrotada na última semana, e também criticar o Supremo Tribunal Federal.

O fato é que mesmo com as acusações e investigação, Bolsonaro continua distribuindo uma série de críticas à  Comissão Parlamentar e insiste em fabricar essa crise com o Judiciário e tenta pressionar a Comissão usando a Polícia Federal.

Critícas do Presidente à CPI

Em live semanal ocorrida dia (01) de Julho, o presidente da república, Jair Bolsonaro tornou a defender o voto impresso como solução para uma politica mais limpa e disse que a CPI, comissão parlamentar de inquéritos que investiga supostas irregularidades nas ações do governo federal durante a pandemia da covid-19 é uma “palhaçada”, que está apenas atrapalhando o governo, afirmando que ela não “fez nada” para diminuir o número de mortes no país.

Na transmissão ao vivo, que acontece em meio a varias polêmicas e supostas irregularidades do governo nas negociações de compra de vacinas contra a covid-19 reveladas pelo Jornal Folha de São Paulo, o presidente se defendeu das acusações e voltou atacar a CPI, afirmando que a todo tempo ela –CPI- tenta atingir o governo. Ele também atacou parlamentares da oposição que compõe a comissão que investiga denuncias de corrupção em meio à pandemia, envolvendo o Ministério da saúde.

O presidente também criticou a emenda de Omar Assis que permite os estados e municípios a comparem vacinas sem “licitações” e sem “registro” da Anvisa. E também a lei que permite condenar médicos que receitassem medicamentos para doenças que não estão mencionados nas bulas dos medicamentos.  Por último, criticou a decisão de STF de conceder direito a governadores e prefeitos a não depor e afirmou que a CPI é uma “vergonha”.

 Produção: Vanderlene Araujo