Confirmado o segundo caso de Monkeypox em Caxias do Sul 

O primeiro registro do Vírus em humanos foi em 1970. Foto: © CDC

A Secretaria municipal de saúde de Caxias do Sul (SMS) informou nesta terça-feira (02/08), que recebeu mais um resultado positivo de Monkeypox no município, o caso trata-se de uma mulher adulta, sem histórico de viagens mas que teve contato com familiares que viajaram recentemente, ainda em nota a SMS comunicou que a paciente está hospitalizada mas em bom estado, e que seus familiares estão sobe monitoramento da Vigilância Epidemiológica da secretaria.

O primeiro caso no município foi confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde na semana passada,  no dia 28/07, tratando-se também de uma mulher sem histórico de viagem internacional, a paciente procurou a unidade de saúde e após receber o atendimento médico foi orientada a fazer isolamento domiciliar, mas ela e seus constantes seguem sendo monitorados.

Em questionamentos sobre o plano de ação em relação a doença, a Assessoria de comunicação da SMS informou que “Desde que os alertas sobre possíveis casos da doença começaram a ser emitidos no país, a SMS reforçou junto as unidades básicas de saúde e hospitais as orientações sobre os sintomas que podem indicar suspeita. Além disso promove capacitações para médicos e enfermeiros da rede de saúde”.

 

No Rio Grande do Sul são 12 casos de Monkeypox confirmados, o primeiro registro no Estado foi em Porto Alegre, sendo o paciente um homem de 51 anos diagnosticado no dia 12 de junho, 3 dias após o primeiro caso da doença ser confirmado no Brasil pelo Instituto Adolfo Lutz. O número de casos de Monkeypox confirmados no mundo, levou a Organização Mundial da Saúde a declarar a doença como emergência de saúde global. 

A Monkeypox é uma doença viral, cuja transmissão ocorre pela exposição próxima e prolongada com pessoa infectada e sem máscara, contato físico direto (incluindo contato sexual, mesmo com uso de preservativo) ou contato com materiais contaminados, como roupas, toalhas, talheres, lençóis e outros.

Exemplos visuais de erupções causadas pelo Monkeypox Foto: © CDC

São considerados casos suspeitos pacientes com início súbito de erupção cutânea em forma de bolinhas com líquido como água ou pus. As lesões podem ser esparsas ou agrupadas, lembrando herpes ou cobreiro. Esses sinais podem estar associados com febre, dor de cabeça, dores musculares ou nas costas e ínguas.

As medidas de prevenção são isolamento dos casos confirmados ou em investigação, uso de máscara e intensificação da higiene individual (lavagem de mãos) e ambiental (desinfecção de superfícies que o paciente tenha tocado)

 

Origem do termo Varíola dos Macacos, ou Monkeypox

Com o objetivo de evitar que haja um estigma e que ocorram ações contra os macacos, o Ministério da Saúde orienta não denominar a doença no Brasil como varíola dos macacos. Embora tenha se originado em animais desse gênero, o surto atual não tem relação com eles: os macacos não são reservatórios do vírus. Assim, o Ministério da Saúde adotou o termo Monkeypox, denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O nome “varíola dos macacos” se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório da Dinamarca em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970.