Comércio virtual em Imperatriz ainda é informal

Texto e foto: Matheus Campos

Em Imperatriz, o número de lojas virtuais é ainda indefinido devido a um problema: os empreendedores não registram formalmente suas empresas. Algumas instituições fiscalizam esses dados, mas, devido sua informalidade e instabilidade, não conseguem ter um número correto. De acordo com o Analista Técnico do Sebrae de Imperatriz, Alisson Oliveira, o número dessas lojas em Imperatriz não é certo porque existe uma instabilidade no segmento.

Vendas na internet muitas vezes movimenta comércio informal

“A maioria das pessoas decidem abrir um comércio para funcionar em casa e começa. Depois de sete dias resolve fechar. Então fica muito complicado você fazer esse controle.” explica.

Segundo dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) muitas dessas pessoas preferem trabalhar informalmente por causa dos impostos sobre as mercadorias que são circuladas e vendidas. Ainda conforme esses dados nacionais,  mesmo na informalidade, o comércio virtual representa cerca de 3,5% de vendas do varejo brasileira.

Isso se dá pela mobilidade e versatilidade do comércio virtual, que, mesmo de forma informal, cresceu 12% a mais em 2018 que 2017, isso só no Maranhão. Ou seja, o Estado está acima da média nacional de crescimento, conforme a ABComm. Como ressalta o Analista Alisson Oliveira, esse crescimento acaba afetando, de certa forma, o comércio tradicional.

“De certa forma, afeta sim. Isso faz com que o comércio tradicional busque novas opções. Porque, direto ou indiretamente, é um cliente a menos que vai visitar uma loja física para poder escolher um produto, porque ele vai ter outras opções. Mas isso vai da estratégia de cada empresário”, avalia o analista.

Comércio amador

O microempreendedor virtual, Carlos Brandão, que trabalha com o comércio virtual vendendo roupas e calçados, é um dos que trabalham nessa informalidade virtual. Ele diz que sempre trabalhou de forma amadora nesse ramo porque nunca se interessou em procurar uma ajuda em instituições de apoio.

“Desde que eu entrei nesse ramo, eu venho trabalhando de forma amadora e informal e eu nunca me interessei em procurar ajuda”, justifica.