Comerciantes ampliam vendas de produtos dentro dos condomínios residenciais

Texto e fotos: Hugo Pereira

 

Em Imperatriz, os comerciantes autônomos encontraram na venda itinerante em condomínios uma saída para ampliar a clientela. A novidade inclui a organização de feiras e pequenos comércios alimentícios em condomínios residenciais da cidade. É  o caso da feira de variedades organizada semanalmente no Residencial Sunset Boulevard, um condomínio de 114 apartamentos e que oferece no seu espaço de lazer seis pontos de vendas onde se comercializam lanches artesanais, vatapá, geladinho gourmet, hortifrúti e chope artesanal. A feira atende todos os moradores e convidados.

A iniciativa partiu dos próprios comerciantes que apresentam os projetos aos síndicos dos condomínios da cidade e uma vez aceito, organizam as feiras semanais, que em alguns casos incluem, inclusive, show ao vivo com voz e violão.

Para o empresário George Ramalho, que vende chope artesanal em uma bicicleta no local, essa experiência permitiu expandir o seu negócio e ampliar a sua renda.

“Atendemos os condomínios fechados da cidade durante toda a semana, oferecendo o nosso trabalho diferenciado que é vender chopes artesanais e o resultado dessa ampliação da renda é o reconhecimento das pessoas”, comenta o George.

Verduras mais baratas nas vendas em condomínios atraem os moradores

A comerciante Jéssica Martins trabalha na comercialização de frutas e verduras na feirinha livre da Beira Rio, conta que vende nos condomínios há mais dois meses. Segundo ela, o negócio está sendo um maior sucesso e movimenta pelo menos R$ 8 mil por mês com essa novidade.

“Eu já trabalho com hortaliças, legumes e verduras, fazemos entregas em restaurantes, hospitais e lanchonetes. Era um sonho que a gente tinha de expandir o negócio e trazer comodidade para as pessoas”, afirma.

Conforme conta, atende em média de quatro a cinco condomínios toda semana. A novidade fez tanto sucesso que hoje, inclusive, está difícil, segundo ela, encontrar horário na agenda para incluir novos lugares, principalmente no período noturno.  “Porque está sendo bem aceito, as pessoas têm gostado bastante, a procura está sendo muito grande, a gente quase não tem horário vago para atender todos os condomínios”, comemora.

Outro diferencial é o preço, já que parte da produção é local, o que torna os valor do produto comercializado mais barato. “Financeiramente é viável, pois, plantamos alguns alimentos e o custo de produção é menor”, completa Jéssica.

E a comerciante não está sozinha no quesito satisfação. Para George Ramalho, o comércio está dando tão certo que ele já atende em média quatro residenciais por semana na cidade. “Já atendemos outros condomínios, praticamente a nossa semana toda é atender outros residenciais fechados”, completa o empresário.

Moradores e síndicos

Essa novidade chamou a atenção da síndica Larissa Ramos e dos moradores, pois, sentiam essa necessidade de um comércio dentro do residencial onde moram.  Larissa comenta que esse tipo de negócio está aproximando ainda mais os moradores com o próprio condomínio e explica que a ideia veio dos moradores e ela aceitou esse tipo de comércio dentro do residencial.

“Foi ideia deles mesmo que me procuraram, eu já conhecia a Jéssica que cuida do hortifrúti e a gente se encontrou e me deu a ideia, eu gostei e a gente aderiu”, explana a síndica.

Quem ganha com essa praticidade são os moradores que na correria de todo dia não possui tempo para as compras e com essa novidade eles ganham tempo e comodidade por ter um comércio dentro de casa. A dentista Juliane Tebar, diz que a praticidade de ter os produtos que necessita no quintal de casa é o que mais agrada na iniciativa.

“Aqui no condomínio é muito mais prático, pois, já está dentro de casa praticamente, é apenas descer para comer o lanche, mas sem sair de casa, como se fosse a extensão do nosso quintal, estou achando muita vantagem para mim”, completa a dentista.

Para a autônoma Rosane Barros, ela diz que esse comércio beneficia tanto o morador como o comerciante encontrando essa comodidade sem sair de casa.

“Pra gente é mais cômodo, porque se precisar ir na rua fazer compras você vai precisar ir em vários lugares, tendo esse comércio dentro do condomínio tudo se torna mais fácil”, declara a autônoma.