Baixa produtividade da indústria de bens e serviços, nível baixo de investimento em turismo e uma taxa alta de desemprego são alguns dos fatores mais impactantes da pandemia da Covid-19 no Maranhão. A análise é do economista e professor de ciências econômicas da faculdade Santa Terezinha (Fest), Claudio Marcos Morais, 47 anos. Ele pondera que a instalação da crise sanitária no Brasil trouxe desordem em todas as esferas e na economia não seria diferente.
“Outro fator preponderante é o consumo das famílias”, acrescenta o economista. Com as incertezas econômicas, muitos estão “segurando para não consumir”. A alta da inflação também precisa ser considerada, pois muitos produtos, como o óleo, arroz e carne bovina estão cada vez mais caros, tirando o poder de compra das famílias e, por consequência, diminuindo o valor da moeda brasileira.
É importante frisar, segundo o economista, que antes do surgimento da doença, havia uma tendência de recuperação econômica. No entanto, com a disseminação do vírus houve um grande aumento na recessão, que é a falta de emprego em todo o país e particularmente no Maranhão.
Também é preciso levar em conta, segundo o economista, um acréscimo nas desigualdades causado pela pandemia, que vem provocando um ambiente de insegurança. Moraes explica que a retração do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 1,5% só no primeiro trimestre de 2020 e esse dado é reflexo direto dos impactos da pandemia na economia. “Esse número representa a pior marca desde o segundo trimestre de 2015, o que indica baixa produtividade da indústria. Tudo isso é obra do momento que o mundo está vivendo, culminando com a demissão de muitos trabalhadores”, detalha.
Futuro– Números nacionais servem para apresentar o panorama econômico de Imperatriz. Pela força de grande atuação nos setores do comércio e prestação de serviços, com segundo lugar na ocupação como centro político, cultural e populacional no Maranhão, segundo maior PIB do estado e 165º do Brasil, a economia da cidade é ultrapassada na região apenas pela da capital, São Luís.
Diante de todo esse cenário, o economista projeta uma análise do setor que, em sua visão, puxará o crescimento econômico em Imperatriz. “Analisando o cenário nacional e a cidade de Imperatriz, pode-se dizer que o comércio e a prestação de serviços continuarão com pujança em 2021”. Com a flexibilização recente das atividades, os setores do comércio e serviços voltaram a aquecer a economia da cidade, com tendência de aumento significativo nas vendas.
Mesmo assim, a longo prazo o legado da pandemia traz efeitos perturbadores para o crescimento econômico do do Maranhão. “As perspectivas de crescimento econômico para o ano de 2021 no estado Maranhense são pessimistas, uma vez que o crescimento do PIB, Produto Interno Bruto, que é a soma de toda a produção de bens e serviços no ano de 2020, é muito baixa”, estima Claudio Morais.