Secretaria de Saúde aborda casos de suicídio durante Setembro Amarelo

As ações terão apoio do projeto voluntário “Eu Estou Aqui”

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) vai realizar programações de prevenção ao suicídio durante o Setembro Amarelo, mês de conscientização para enfatizar a necessidade de atenção especial com o bem-estar e a saúde mental de crianças e adolescentes. O secretário Alair Batista Firmiano se reuniu na manhã da quinta-feira (29) com voluntários do projeto “Eu Estou Aqui”, para debaterem a agenda de programações e atividades realizadas durante o Setembro Amarelo.

Segundo o secretário Alair Batista Firmiano, o foco das ações desenvolvidas será o público jovem, no qual vem aumentando o número de casos e de tentativas de suicídio. “Os jovens dessa geração tem sido mais corajosos em demonstrar sua vulnerabilidade, mas, em muitas situações, eles não sabem lidar com ela”. Além das políticas públicas, o apoio do projeto “Eu Estou Aqui” servirá para estabelecer um diálogo sem tabus sobre saúde mental.

 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou que até 2020 a depressão será a doença mais incapacitante do mundo. Resolvemos então, falar sobre a importância da família no tratamento da depressão, visto que, o sofrimento não é exclusivamente de quem sofre a doença, mas sim dos familiares e amigos onde essa pessoa tá inclusa com um grau de convivência significativo. #euestouaqui #saudemental #familia
Projeto tem por objetivo manter diálogo aberto sobre saúde mental – Foto: Reprodução Instagram/euestouaquiprojeto
Firmiano ressaltou que o aumento do suicídio entre os jovens é um fenômeno mundial que, nos últimos anos, vem causando crescente preocupação também no Brasil. Para o secretário, o problema é complexo e não pode ser compreendido ou explicado por um só fator. “A barra está muito pesada, e isso está fazendo com que percamos muitos jovens”, afirmou ele, arriscando uma explicação.
Para a voluntária e co-fundadora do projeto “Eu Estou Aqui”, Tietriza Farias, a questão do suicídio e outros temas de saúde mental devem ser tratados, entre todas as faixas etárias,  com informações claras e com o máximo de naturalidade possível. “Assuntos como depressão, ansiedade e os cuidados com a saúde mental têm que ser falados abertamente. Temos que dizer que a depressão existe e que não se trata apenas de um estado de melancolia. Precisamos desmistificá-los, abordá-los como outros assuntos de saúde, como a hipertensão ou a diabete e valorizar a vida”, exemplificou a estudante de psicologia ao defender a ação conjunta de profissionais das áreas de saúde e educação.
Com base nesses e em outros temas abordados durante a reunião, a Secretaria de Saúde e os voluntários do projeto se comprometeram a realizar reuniões com outros profissionais da área da saúde para discutir políticas públicas que auxiliem na prevenção do suicídio. Além disso, durante todo o mês serão realizados encontros, palestras e atendimentos gratuitos em escolas e universidades da cidade. Com as programações do Setembro Amarelo, Imperatriz se torna parte de um movimento conhecido mundialmente em prol da saúde mental.