Setembro Amarelo: psicóloga ressalta que “falar é a melhor solução”

A psicóloga Zaira Karan, do Ambulatório de Saúde Mental de Imperatriz, defende que,  sobre a temática do suicídio, sintomas devem ser observados  e é muito importante estar conectado com outras pessoas. A psicóloga afirma: “A depressão, isolamento, tristeza profunda, ansiedade, perspectiva negativa do futuro entre outros sintomas, podem desencadear a ideação suicida, por isso devemos observar os sinais”, ela ressalta que  ’’É possível prevenir, mas devemos falar o que sentimos, tudo começa por ai”, explica Zaira.

É possível prevenir o suicídio (Foto: Assessoria de Comunicação de Imperatriz)

No decorrer da palestra sobre Setembro Amarelo, realizada na câmara de vereadores de Imperatriz, na ultima quinta- feira. A médica Zaira Karan destacou que a faixa etária das pessoas que mais cometem suicídio, são de 15 a 29 anos. “Em virtude de toda tecnologia, o isolamento e a conexão com o mundo virtual acaba influenciando esses jovens”, ressalta a psicóloga.

No Brasil, são mais de 11 mil casos de suicídio anualmente. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano são registrados mais de 800 mil suicídios no mundo, o que representa aproximadamente uma morte a cada 40 segundos. Além disso, a cada três segundos alguém atenta contra a própria vida. No Brasil, são mais de 11 mil casos anualmente, e muitas dúvidas surgem quando nos vemos na necessidade de ajudar uma pessoa que está pensando em tirar a própria vida.

De acordo, com a Historiadora Rosyane Paula Farias: O suicídio era visto nos códigos penais brasileiros como crime, só então no século XX ele sai dessa categoria. Dessa forma, temos outra conjuntura com um grau de preocupação muito maior da psiquiatria e da sociologia para que se possa compreender melhor o comportamento dos indivíduos e o porque das motivações do suicídio.

FIQUE ATENTO AOS SINAIS

 Na grande maioria dos casos é possível identificar uma progressão que conduz uma pessoa desde a ideação (o pensar no ato) até a efetivação do suicídio: em um primeiro momento, não existe a ideia de se matar, mas sim um pensamento vago de que seria melhor morrer; depois, vem a ideação (o pensamento de se matar para aliviar seu sofrimento), seguida de pesquisas sobre como fazer isso; em muitos casos, a pessoa informa seus entes próximos e, por fim, executa o ato.

Os sinais de alerta incluem: falar sobre o desejo de se suicidar (ou frases relacionadas, como “eu gostaria de estar morto” ou “eu não queria ter nascido”); ausência ou abandono de planos futuros; isolar-se de contato social; apresentar grandes mudanças de humor (estar eufórico em um dia e profundamente desencorajado em outro); ter atitudes arriscadas, como dirigir de forma imprudente ou entrar em brigas; e dizer adeus aos amigos e familiares como se não fosse vê-las novamente. Os sinais nem sempre são óbvios e podem variar. Não representam o diagnóstico em si, podendo nem estar presentes ou estar presentes e não indicarem necessariamente risco de suicídio. Mas como são comumente associados ao perfil, vale a pena observá-los. Alguns deixam suas intenções claras, enquanto outros mantêm os pensamentos suicidas e sentimentos ocultos.

E lembre-se – se, sua vida é importante sim. Está se sentindo pra baixo e quer conversar? Não senti tanta acolhida da família ou dos amigos? você pode ligar para o 188 que e o número do Centro de Valorização da Vida, CVV, que atende ligações gratuitas de todo o pais. Do outro lado da linha você vai ser atendido por voluntários que dão apoio emocional a todas as pessoas que querem e precisam conversar. Eles recebem treinamento adequado e todas as ligações são sigilosas. O número atende 24 horas por dia, o ano inteiro.

Para mais informações:http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio