Reportagem e pauta de Francisco monteiro
Os pacientes que precisam de tratamento fora de domicílio estão com as passagens canceladas desde maio. Segundo o subsecretário de Saúde do município, Ely Samuel dos Santos Silva, o serviço deixou de funcionar deve retornar, de maneira provisória, ainda este mês, enquanto não sai a licitação da empresa que irá fazer definitivamente a emissão dessas passagens.
Conforme informações da Prefeitura, o contrato com a Empresa Expresso Açailândia, que garante o direito da emissão de passagens de ida e volta para os pacientes, venceu em outubro do ano passado.Para ter uma ideia, só este ano de janeiro a abril a Secretaria de Saúde já enviou 467 pacientes para retorno em São Luís, e boa parte deles teve de arcar com um custo de pelo menos de R$ 136,00 só de ida.
De acordo com Silva, em janeiro desse ano foi feito uma reunião com os diretores da empresa, e eles voltaram a prestar o serviço de forma emergencial. El comenta que para que a prefeitura pague pelo serviço é preciso cumprir trâmites burocráticos que nem sempre são atendidos rapidamente, o que justificaria a demora.
“Os pacientes que vão para São Luís estão comprando suas passagens e depois a Prefeitura faz o reembolso dessas passagens. Os casos mais graves estão indo de passagem aéreas, isso de forma paliativa e de forma definitiva está em licitação uma Van que fará o serviço, além de uma licitação de empresa que fará venda de passagens”, destaca.
Mas em maio, os pacientes não tiveram a mesma sorte e foram pegos de surpresa e mesmo com a possibilidade de reembolso muito não tinham condições de comprar a passagem. O supervisor de frota Gilberto de Assis Ramos tem uma filha de 1 ano e meio que que faz tratamento continuo no Hospital Sara na Capital. Ele diz que a despesa extra compromete seu orçamento, particularmente porque tem de custar a passagem da criança e também da mãe dela.
O aposentado Antônio Carlos da Silva diz a mesma coisa. “Eu fiquei ruim quando soube que tinha que comprar minhas passagens, já que não tenho dinheiro. Onde a gente vai arrumar dinheiro pra comprar passagens de ida e volta e se manter lá na capital?”, pergunta.
Tratamento Fora de Domicilio
O TFD é um instrumento legal quegarante através do SUS (Sistema Único de Saúde), tratamento médico parapacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem. Ele consiste em ajuda de custo ao paciente que precisa se deslocar para fora de seus domicílios, e em alguns casos, também quando precisa de acompanhantes.