Brenda Caroline
As professoras e pesquisadoras Leila Sousa e Michelly Carvalho discutiram nesta tarde, 23, sobre como a falta de representatividade no corpo docente das escolas e universidades contribui para a evasão escolar. Isso porque o epistemicídio, ou seja, o apagamento estrutural das contribuições e histórias das pessoas negras, tanto na grade curricular quanto no quadro de funcionários das instituições, faz com que o aluno não se sinta pertencente ao ambiente acadêmico.
A conversa aconteceu durante o minicurso “Améfrica: Bases para pensar o feminismo negro no Brasil”, no primeiro dia do XV Simpósio de Comunicação da Região Tocantina da Universidade Federal do Maranhão. Na ocasião também foram abordados aspectos do feminismo brasileiro a partir da luta e articulação fundamental desenvolvida por mulheres negras, tais como Sueli Carneiro, Lélia Gonzalez e Conceição Evaristo. Além de apresentarem aos ouvintes mulheres negras que foram expoentes na luta e na resistência pelos direitos de homens e mulheres escravizados no Brasil, como Esperança Garcia e Maria Firmina dos Reis – esta última homenageada pelas pesquisadoras com o nome do núcleo de pesquisa e extensão que coordenam na UFMA.
Serviço:
As professoras do curso de Jornalismo da UFMA, Leila Sousa e Michelly Carvalho, são coordenadoras do Nucléo Maria Firmina dos Reis e desenvolvem pesquisas na área de gênero, relações raciais e decolonização. Para conhecer mais as pesquisas do grupo, acompanhe a sua rede social:
Instagram – @np.mariafirmina