A Ampare enfrenta, desde o início da pandemia, obstáculos para a arrecadação de fundos, especialmente com a proibição na realização de eventos, como o Arraiá da Ampare, festa junina ligada á casa de apoio. Com a adoção desta medida, a ONG, que acolhe pacientes em tratamento de câncer vindos do Maranhão, Pará, Tocantins e outras regiões, teve que se manter apenas de doações, incentivadas por meio de campanhas nos meios de comunicação e na rede de apoio de voluntários cadastrados da entidade.
“Com a proibição da realização de eventos, nos vimos sem a nossa principal fonte de renda, o que interferiu, e ainda interfere, no funcionamento da casa, pois a grande maioria das doações que chegaram ate nós são de alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal. A arrecadação de fundos ficou seriamente comprometida e segue se mantendo em níveis críticos”, afirma Aline Abel Pereira, assessora de comunicação da Ampare.
Para manter a segurança dos pacientes, a ONG, além de cancelar atividades como feijoadas, bazares e aulas em parceria com cursinhos, também determinou a redução na capacidade de atendimento em 50% até abril de 2021. Isso resultou em um menor número de pacientes acolhidos desde o inicio da pandemia, tanto pela diminuição de atendimentos oncológicos na cidade, como por decisão da diretoria, obedecendo as normas de distanciamento social.
Atualmente, a entidade é capacitada para atender 36 pessoas, resultado da soma de 18 pacientes e 18 acompanhantes. “Entre o período de março de 2020 á março de 2021, ficamos, em média, com 12 pessoas na casa. Até agora, estamos atendendo com capacidade total e desde então a casa não ficou com menos de 20 pessoas por nenhum período”, aponta Aline.