[et_pb_section fb_built=”1″ fullwidth=”on” _builder_version=”3.22.2″][et_pb_fullwidth_header title=”MATRIARCADO: TRADIÇÃO PASSADA DE MÃE PARA FILHA” header_fullscreen=”on” header_scroll_down=”on” scroll_down_icon=”%%3%%” scroll_down_icon_size=”61px” _builder_version=”3.22.2″ title_font=”|700||on|||||” title_text_align=”center” title_text_color=”#e09900″ title_font_size=”91px” title_letter_spacing=”6px” title_line_height=”1.2em” title_text_shadow_style=”preset4″ title_text_shadow_vertical_length=”0.11em” title_text_shadow_blur_strength=”0.06em” content_font=”||||||||” content_text_align=”center” content_font_size=”30px” background_image=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/Sem-título-1.png”][/et_pb_fullwidth_header][/et_pb_section][et_pb_section fb_built=”1″ _builder_version=”3.22.2″ custom_padding=”19px||4px|||”][et_pb_row custom_padding=”0px||0px|||” _builder_version=”3.22.2″][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_text _builder_version=”3.22.2″ text_font=”||||||||” text_font_size=”19px” text_letter_spacing=”2px” text_line_height=”2.1em” custom_padding=”||1px|||”]
Na Associação das quebradeiras é perceptível a união forte de mulheres que, juntas, trabalham há anos, uma espécie de irmandade que ultrapassa tempos e que é ensinado de mãe para filha. A matriarca passa adiante toda a tradição de conhecimento sobre os babaçuais e atividades que resultam deles para mulheres mais novas da família ou que são vizinhas. Às vezes nem era preciso ser ensinado oralmente, apenas a observação do dia a dia das mães que levavam suas filhas para a quebra do babaçu ajudava, como foi o caso de Maria Faustina dos Santos, umas das mais antigas quebradeiras da Reserva Ciriaco.
Hoje, com a unidade de conservação e a associação da Reserva Extrativista do Ciriaco, as quebradeiras se sentem mais seguras. Antes, era organizado o mutirão de mulheres e uma protegia a outra, mesmo não gozando de direitos assegurados por lei. Faustina, a matriarca, afirma que hoje é mais fácil de trabalhar, que percebe na modernização a mudança de muitos aspectos da atividade que exerce. “O babaçu é nosso, hoje temos mais firmeza no trabalho com a associação que garante nossos direitos”.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section][et_pb_section fb_built=”1″ _builder_version=”3.22.2″ background_image=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/historia-de-uma-com.-singular.jpg” background_video_mp4=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/01/YouCut_20190110_161324581.mp4″ background_video_pause_outside_viewport=”off”][et_pb_row _builder_version=”3.22.2″][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”3.22.2″][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”3.22.2″][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_testimonial author=”Maria faustina” portrait_url=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/DSC_0339-foto-da-entrevista-rennan.jpg” portrait_width=”189px” portrait_height=”191″ _builder_version=”3.22.2″ body_font=”|800|||||||” body_text_align=”justify” body_text_color=”#000000″ body_font_size=”33px” body_letter_spacing=”3px” body_line_height=”1.3em” background_color=”rgba(224,153,0,0.23)” border_width_all_portrait=”6px” border_color_all_portrait=”#e09900″ text_shadow_style=”preset5″ text_shadow_horizontal_length=”0.01em” text_shadow_vertical_length=”0.13em” text_shadow_blur_strength=”0.28em” text_shadow_color=”#e09900″]
“O babaçu é nosso, hoje temos mais firmeza no trabalho com a associação que garante nossos direitos”.
[/et_pb_testimonial][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”3.22.2″][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”3.22.2″][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section][et_pb_section fb_built=”1″ _builder_version=”3.22.2″ custom_padding=”19px||7px|||”][et_pb_row custom_padding=”0px||0px|||” _builder_version=”3.22.2″][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_text _builder_version=”3.22.2″ text_font=”||||||||” text_font_size=”19px” text_letter_spacing=”2px” text_line_height=”2.1em” custom_padding=”||1px|||”]
A fábrica que conseguiram por meio do esforço e luta pelos direitos de melhorias no trabalho em tudo que envolve a prática da extração da amêndoa do babaçu, foi um importante marco na longa história das quebradeiras. Hoje, é possível torrar a amêndoa, fazer azeites, óleos, inclusive para a produção de cosméticos. A união é muito importante para elas, já que, mesmo com a experiência da matriarca, cada uma respeita o espaço da outra e todas são livres para opinar e decidir a respeito de questões surgidas na dinâmica do grupo.
Esse grupo de dez mulheres produz muitas riquezas com o babaçu, e seu uso pode ser aproveitado de diversas maneiras, desperdiçando-se quase nada. Dentre as utilidades se destacam: óleo de coco, azeite de coco e a farinha do mesocarpo, que é rica em amido.
Nesta entrevista, conheceremos o cotidiano de Faustina, natural de Caxias-MA, que chegou à área em 1973. Uma senhora de 70 anos, que trabalha desde a infância como quebradeira de coco e esbanja jovialidade, com um sorriso característico e orgulhoso de ser quem é. Como uma das matriarcas mais antigas da reserva, ela nos conta a respeito do processo de extrativismo, a irmandade entre mulheres, a forma de sustento e como se organiza a comunidade.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section][et_pb_section fb_built=”1″ _builder_version=”3.22.2″ background_image=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/DSC_0415-1.jpg” parallax=”on” parallax_method=”off” custom_padding=”40px|||||”][et_pb_row custom_padding=”|||||” custom_margin=”|||||” _builder_version=”3.22.2″ background_color=”#ffffff” border_radii=”on|5px|5px|5px|5px” width=”77.7%”][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_text _builder_version=”3.22.2″ text_font=”||||||||” text_font_size=”19px” text_letter_spacing=”2.1px” text_line_height=”2em” width=”98.1%” custom_margin=”|||7px||” custom_padding=”|32px||25px||”]
Grupo Jornalismo de Fôlego: Como vocês se organizam durante o ano para fazer a coleta das amêndoas?
Faustina: A gente sempre se organiza marcando os dias, porque de momento pode chegar o inverno, aí nós já estamos preparadas e temos matéria prima garantida por muito tempo. Fazemos a coleta pensando no futuro pra poder ter a renda garantida. Chega a chuva e, se não fizer coleta antes, pode prejudicar.
GF: Os homens costumam aprender esse ofício de quebrar coco ou é uma atividade inteiramente feminina?
Faustina: Apenas quando a gente paga por outros serviços, quando tem muito serviço pesado, carregar sacos, esses tipos de coisas, que eles podem levar um carro para carregar mercadoria. É difícil ter homens que queiram quebrar coco, não existe.
GF: A nova geração de mulheres ainda se interessa pela atividade?
Faustina: Não, os mais jovens não estão mais tão envolvidos. Não é por falta de convite, a gente convida muito.
GF: A senhora não tem medo de que essa tradição se perca no futuro, um futuro não tão distante?
Faustina: Tenho sim. A gente tá ficando velha, né? Aqui estão pouquíssimas pessoas se for comparar antes com hoje. Então, como a juventude não se interessa muito por essas atividades antigas, pode ser que se perca. Eu acredito que essa cultura não pode se perder.
GF: Você aprendeu o ofício de quebrar coco com quem?
Faustina: Com minha mãe. Nós íamos para o mato, tinha 10 anos de idade e ficava sentada, e ela levava o machado. Ela partia o coco e me dava e eu tirava as taiadas das beiradas e o coco de dentro.
GF: Com o babaçu ainda dá pra fazer o famoso mesocarpo, que é rico em amido. Quais as utilizações do mesocarpo?
Faustina: Todo tipo de uso, inclusive o medicinal. Por exemplo, você pode pegar duas colheres de mesocarpo, ferver dois litros de água e misturar tudo. Isso é ótimo para gastrite, muito bom para desnutrição. Meu neto teve desnutrição e eu cuidei apenas com mesocarpo.
GF: Percebe-se que a senhora adora seu trabalho. Isso representa uma forma de empoderamento?
Faustina: Quebrar coco é tudo que eu sei, eu gosto muito e me sinto orgulhosa. Hoje eu sou aposentada e faço porque eu amo. A forma de empoderar foi eu ter conseguido minha independência financeira e não depender totalmente do meu marido, ajudar na renda de casa.
GF: Se tivesse outra forma de ganhar sua renda você largaria a quebra do coco?
Faustina: Se, por exemplo, eu ter que mudar de cidade ou uma outra unidade rural que não tivesse essa atividade, eu incentivaria as outras pessoas. Isso não é só uma forma de ganhar a vida, mas é uma cultura. Eu me sinto bem e não tenho vergonha em lugar nenhum aonde eu chegar e dizer que sou quebradeira. Pra mim significa vida. A palmeira é uma mãe, ela dá tudo, além da minha vida é outra que andam juntas.
GF: Você falou que ajuda na renda de casa. Fora a renda, existe desigualdade por pertencer ao sexo feminino e viver em uma área rural?
Faustina: Não existe isso de marido manda e mulher obedece, nós vivemos em conjunto, somos iguais. A maioria deles sabe quebrar coco, isso é interessante. Mas por ser uma atividade considerada feminina, muitos não fazem. Agora, uma mulher quebradeira faz praticamente de tudo o que eles fazem.
GF: Como funciona a divisão dos lucros obtidos dentro da associação?
Faustina: Quando terminamos, ou conseguimos uma boa parte, a gente senta, faz a conta e tira a porcentagem de cada uma. Tiramos do que quebramos e do que compramos também. Por que compramos também para poder ajudar na associação. O que sobra a gente divide em partes iguais. Não existe um lucro certo, todo mês é diferente, mas dá pra tirar o sustento.
GF: Quais os planos para o futuro da associação?
Faustina: Eu espero que futuramente comecemos a recrutar pessoas novas para aprender a todas as atividades envolvendo o babaçu, já que estamos envelhecendo e não podemos deixar essa cultura morrer. Com a fábrica já instalada só tende a melhorar e se modernizar ainda, já que existe a criação de cosméticos com óleo de coco que cresce cada vez mais.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section][et_pb_section fb_built=”1″ admin_label=”Coffee Menu” _builder_version=”3.22.2″ background_image=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/DSC_0231.jpg” parallax=”on” min_height=”475px” custom_margin=”|||||” custom_padding=”||||false|false” top_divider_color=”#E09900″ hover_transition_duration=”0ms”][et_pb_row custom_padding=”||38px|||” _builder_version=”3.22.2″][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_cta title=”CIRIACO: HISTÓRIAS DE UMA COMUNIDADE SINGULAR” button_text=”CONTINUAR LEITURA” _builder_version=”3.22.2″ header_font=”|800||on|||||” header_text_color=”#E09900″ header_font_size=”71px” header_letter_spacing=”7px” header_text_shadow_style=”preset1″ body_font=”||||||||” body_font_size=”25px” use_background_color=”off” border_color_all=”rgba(0,0,0,0)” custom_button=”on” button_text_size=”12px” button_text_color=”#000000″ button_border_width=”0px” button_font=”||||||||” button_icon=”%%32%%” button_icon_color=”#000000″ button_alignment=”center” custom_margin=”-20px||-20px|||” custom_padding=”||37px|||” animation_style=”slide” animation_duration=”1400ms” text_shadow_style=”preset1″ text_shadow_horizontal_length=”0.84em” text_shadow_blur_strength=”1.01em”]
Em uma quarta ensolarada de outubro, dezenas de estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) chegam logo pela manhã no campus central…..
[/et_pb_cta][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row _builder_version=”3.22.2″][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_button button_url=”https://imperatriznoticias.ufma.br/reserva-do-ciriaco/” url_new_window=”on” button_text=”LEITURA ANTERIOR” button_alignment=”center” _builder_version=”3.22.2″ custom_button=”on” button_text_size=”40px” button_text_color=”#FFFFFF” button_bg_color=”#e09900″ button_border_color=”#FFFFFF” button_border_radius=”1px” button_letter_spacing=”9px” button_font=”||||||||” button_icon=”%%19%%” button_icon_color=”#FFFFFF” button_on_hover=”off” button_text_shadow_style=”preset1″ button_text_shadow_horizontal_length=”0.11em” background_layout=”dark” animation_style=”bounce” button_icon_placement=”left”][/et_pb_button][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section][et_pb_section fb_built=”1″ admin_label=”EXPEDIENTE” _builder_version=”3.22.2″ background_color=”#ffffff” background_image=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/FUNDO-3.png” custom_padding=”1px|||||”][et_pb_row _builder_version=”3.22.2″ min_height=”86px”][et_pb_column type=”4_4″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_text _builder_version=”3.22.2″ custom_padding=”|||66px||”]
EXPEDIENTE:
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][et_pb_row custom_padding=”0px|||||” _builder_version=”3.22.2″][et_pb_column type=”1_5″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_team_member name=”Alexandre Maciel” position=”ORIENTADOR” image_url=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/13325711_1086995528029054_5305353353097023901_n.jpg” _builder_version=”3.22.2″ header_font=”|800||||on|||” body_font=”||||||||” body_text_align=”center” body_text_color=”#000000″ body_font_size=”17px” body_line_height=”1em” body_text_shadow_style=”preset3″ body_text_shadow_horizontal_length=”0.21em” body_text_shadow_vertical_length=”0.19em” body_text_shadow_blur_strength=”0.57em” body_text_shadow_color=”rgba(0,0,0,0)” border_radii_image=”on|19px|19px|19px|19px”][/et_pb_team_member][/et_pb_column][et_pb_column type=”1_5″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_team_member name=”Antônio Rennan” position=”REPÓRTER” image_url=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/WhatsApp-Image-2019-04-22-at-18.44.42.jpeg” _builder_version=”3.22.2″ header_font=”|800||||on|||” body_font=”||||||||” body_text_align=”center” body_text_color=”#000000″ body_font_size=”17px” body_line_height=”1em” border_radii_image=”on|18px|18px|18px|18px” text_orientation=”center”][/et_pb_team_member][/et_pb_column][et_pb_column type=”1_5″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_team_member name=”Viviane Reis” position=”FOTÓGRAFA/REPÓRTER” image_url=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/WhatsApp-Image-2019-04-23-at-18.53.47.jpeg” _builder_version=”3.22.2″ header_font=”|800||||on|||” body_font=”||||||||” body_text_align=”center” body_text_color=”#000000″ body_font_size=”16px” body_line_height=”1em” border_radii_image=”on|18px|18px|18px|18px” transform_translate_linked=”off”][/et_pb_team_member][/et_pb_column][et_pb_column type=”1_5″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_team_member name=”Willas Ilarindo” position=”DIAGRAMADOR” image_url=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/WhatsApp-Image-2019-04-23-at-19.04.52.jpeg” _builder_version=”3.22.2″ header_font=”|800||||on|||” body_font=”||||||||” body_text_align=”center” body_text_color=”#000000″ body_font_size=”17px” body_line_height=”1em” border_radii_image=”on|18px|18px|18px|18px”][/et_pb_team_member][/et_pb_column][et_pb_column type=”1_5″ _builder_version=”3.22.2″][et_pb_team_member name=”Yanna Duarte” position=”REPÓRTER” image_url=”https://imperatriznoticias.ufma.br/wp-content/uploads/2019/04/ikilçklç.png” _builder_version=”3.22.2″ header_font=”|800||||on|||” body_font=”||||||||” body_text_align=”center” body_text_color=”#000000″ body_font_size=”17px” body_line_height=”1em” border_radii_image=”on|18px|18px|18px|18px”][/et_pb_team_member][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]