Greve dos professores da Uema e Uemasul completa uma semana 

Na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul), as aulas estão suspensas desde quinta-feira (24), quando se iniciou uma greve de professores.

Segundo Bruno Borges, presidente do Sindicato de Docentes das Universidades Estaduais Públicas do Maranhão (Sinduema Seção Sindical do ANDES-SN), a mobilização superou as expectativas. Ainda segundo o dirigente, aconteceu 100% de adesão nos campus de São Luís, Imperatriz, Balsas e Açailândia e uma participação significativa no campus de Caxias, Timon e Santa Inês.

Com a greve, a falta de aulas se estende por tempo ilimitado e prejudica os estudantes. A estudante de história na Uemasul, Cristine Teles, afirma que todos os professores do seu curso estão a favor da greve. Como uma dos muitos estudantes que apoiam a greve, Cristine acredita que essa é uma luta importante para os professores, porque eles merecem um salário justo. “Futuramente serão os alunos que estarão lecionando. Acredito que seja uma luta nossa também”, explica.

Em comunicado divulgado em suas redes sociais oficiais, o Diretório Central de Estudantes da Uemasul (DCE) afirmou que vê a necessidade de apoio efetivo do corpo discente na luta dos professores, seja nas redes ou em manifestações presenciais. 

“Me envolvi porque acredito que seja uma luta mais que justa. Não é porque será a minha profissão no futuro, mas pela falta de respeito que é mais de uma década sem recomposição salarial, e a falta de concursos. E como isso acaba refletindo na qualidade do ensino, e na nossa produção acadêmica científica” ressalta a estudante de História na Uemasul, membro do movimento estudantil, Julliana Pinheiro.

A estudante está envolvida no engajamento da luta dos professores na greve e ajuda nas mobilizações, panfletagens e movimentações nas redes sociais. Para Julliana, apoiar os professores na greve, algo que à primeira vista prejudica os alunos, é ter empatia e se posicionar na educação de qualidade e valorização dos professores.

Entre outras pautas, os professores reivindicam a reposição salarial dos 168 milhões cortados do orçamento destinado às Universidades Estaduais, a remuneração por titulação dos professores substitutos da Uema, vigência imediata das resoluções sobre remuneração dos docentes da Uemasul e a efetivação da autonomia das universidades estaduais.