Por: Ayrton Araújo
A greve das federais está definida para iniciar a partir do dia 15 de abril, resultando na paralisação parcial das atividades na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) de Imperatriz. Segundo publicação da Associação de Professores da Universidade Federal do Maranhão (Apruma), as negociações com o governo federal não chegaram à um consenso.
A pauta unificada das Entidades do Setor da Educação, que inclui docentes e técnicos federais, tem como objetivo atender reivindicações como reestruturação das carreiras, recomposição salarial e melhorias nas condições de trabalho.
As consequências da greve já reverberam em Imperatriz. De acordo com a professora Izani Mustafá, do curso de Jornalismo e PPGCOM da UFMA de Imperatriz, o tópico já foi debatido entre o sindicato local. “A gente teve reunião com a Apruma, que é a associação dos professores da universidade. E na reunião, foi aprovada a greve a partir do dia 15 de abril.”, afirma a docente.
Entre os motivos para a greve, a professora cita defasamento no salário e problemas de infraestrutura nos últimos anos. “Passamos 6 anos com muitos problemas, incluindo dificuldade para pagar água e luz na universidade.”
Os alunos estão entre os mais afetados pela greve. “Muitos alunos que vão se formar esse ano, muitos perguntam sobre. Dependendo do tempo que dura uma greve, acaba atrasando a formação deles.”, diz a professora.
Sthefany Gomes Ribeiro, estudante do curso de Jornalismo, concorda com a greve, mas gostaria que o movimento ocorresse posteriormente. “Acho que poderia demorar mais um pouco. A gente entende o que eles estão pedindo, mas é algo que prejudica a gente. Os professores merecem muito mais, mas prejudica.”
As negociações em torno da greve seguem em andamento. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a greve iniciada no dia 15 de abril é o encaminhamento para o fortalecimento das reivindicações da classe.