Lúcio Silva de Jesus
O presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez, comemorou a concessão dos aeroportos de São Luís e Imperatriz, autorizada pelo governo Bolsonaro em 2019 e concretizada na tarde de ontem, 7, em São Paulo. Em seu pronunciamento no site da Fiema, destacou que “A concessão abre a perspectiva de uma rápida e desejada ampliação e modernização dessas unidades”, frisou.
Ao todo foram 22 aeroportos nas regiões Norte, Nordeste e Central e, em Imperatriz, o aeroporto “Prefeito Renato Moreira” será administrado por 30 anos pelo grupo CCR, que é uma das maiores companhias de infraestrutura da América Latina. Segundo o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), “Empreendimentos da iniciativa privada são o principal caminho para reverter o elevado déficit em infraestrutura que temos hoje no país”, afirmou.
A professora Thaisa Bueno, usuária do transporte aéreo avaliou como negativo o leilão do aeroporto, considerando o desgaste e sucateamento da Infraero. “O governo poderia ter investido na Infraero que já tem experiência no mercado e que sempre fez um bom trabalho, mas por conta do sucateamento do aeroporto, isso acabou prejudicando”, destacou.
O Ministério da Infraestrutura (Minfra) visou investimentos de valores da ordem de 1 bilhão de reais no setor entre 2019 e 2021. A meta é alcançar, no mínimo, 200 cidades atendidas pelo transporte aéreo. Por outro lado, o governo arrecadou, com o arremate do conjunto de aeroportos, que equivale a 11% do tráfego nacional, mais de 3 bilhões de reais, o que representa 9% acima do valor esperado. A União pretende arrecadar 6,1 bilhões com a concessão durante 30 anos.
Atualmente o aeroporto de Imperatriz movimenta anualmente, de acordo com a Infraero, 284.075 passageiros em mais de 6 mil voos, além de 824.803 quilos de carga aérea. A movimentação do aeroporto tem vocação para negócios, sobretudo por conta da relevante indústria agropecuária na região.