O atual prefeito de Imperatriz faz balanço dos oito anos da sua gestão na cidade
Por: Virna Águida
No cargo de prefeito de Imperatriz desde janeiro de 2017, Assis Ramos, no final de seu segundo mandato, fala sobre a sua gestão nos últimos oito anos. Em entrevista concedida ao Imperatriz Notícias em novembro de 2024, o prefeito elencou suas principais marcas de gestão, seus desafios com retaliações e seus planos para o futuro.
“Numa avaliação geral, eu acredito que minha gestão foi boa, está sendo boa, não terminou ainda. Então, assim, eu não tenho que pedir desculpa para a população, porque eu fiz e estou fazendo o meu melhor” - Assis Ramos
Marcas de gestão
Durante entrevista, Assis Ramos pontuou o que considera suas marcas de gestão, obras durante seu governo que marcaram os últimos oito anos na cidade de Imperatriz. De início seu primeiro posicionamento foi em relação à infraestrutura da cidade. Trazendo a memória que foi responsável por “Trazer o bloqueteamento como algo importante na cidade”, construindo pavimentação em ruas precárias da cidade, como o caso do bairro Caema. “Hoje você vê o governo do estado fazendo recapeamento, mas com base naquilo que nós fizemos”, completa o prefeito.
Mas esse é um ponto que carrega consigo um peso negativo na gestão do, ainda, atual prefeito. “Se você observar a questão da infraestrutura, a população tem razão em reclamar”, declara Assis ao mencionar os problemas envolvendo muitos buracos nas ruas durante seus dois mandatos consecutivos.
Na questão de educação, o prefeito declara que “Nós melhoramos muito o nível das escolas”, além de ter feito o “Maior concurso público que foi feito em toda a história de Imperatriz”. Outro ponto importante citado por Assis como marca de gestão foi o cuidado com o Meio Ambiente. Com o início do projeto do aterro sanitário municipal, “Podemos dizer que a gente andou 70%, só tem 30% que eu acho que no próximo ano o próximo prefeito vai conseguir inaugurar o aterro sanitário, que é um ganho muito grande”. Sendo o primeiro aterro sanitário público do Maranhão.
Por último, foi citada a famigerada Zona Azul, projeto implementado pela prefeitura que, na teoria, garante um estacionamento rotativo nas ruas mais movimentadas da cidade. “Todo mundo falando mal, mas hoje você chega no centro você tem lugar para estacionar”, rebateu Assis ao ser questionado sobre as reclamações envolvendo esse projeto.
Ofensas públicas
Não é novidade para os moradores de Imperatriz que a atual gestão é alvo de várias ofensas, e Assis Ramos conta como lida com isso. “Eu não estou aqui para ser populista, eu sou um administrador” declarou ao argumentar que as críticas feitas na sua gestão não o atinge. Mas por um outro lado garante que as ofensas de cunho pessoal são devidamente acertadas na esfera da justiça. “Eles saem da seara administrativa e entram na questão pessoal, injuriando, difamando, isso aí é passível de responsabilidade legal”, disse o gestor da cidade.
Ao ser perguntado sobre as últimas acusações no período de campanha em 2024, ele declara que “Eu fui muito criticado nessas eleições, falaram um monte de coisa sem pé, nem cabeça. Mas eu preferi ficar na minha, é um momento que se eu falar pode interferir positivamente ou negativamente para um candidato, deixa o povo decidir sem a minha interferência”.
“Ah, porque eu vou trazer a Polícia Federal, a Auditoria. O município é auditado de três em três meses. Não existe uma gestão que foi mais fiscalizada do que a minha. Eu não tenho qualquer receio dessas coisas e encaro com naturalidade. É a questão da política, da campanha eleitoral. O cara fala para fazer uma fala de impacto.” - Assis Ramos
Planos para o futuro
Após dois mandatos consecutivos, Assis foi questionado sobre seus próximos passos, na carreira pública e na vida pessoal. “Eu pedi para ir para Grajaú, uma cidade pequena apesar de ter um índice de violência considerável. Eu tenho uma propriedade e é um lugar que eu tenho e gosto da pecuária”, confessou. Em sua opinião, uma cidade menor o ajudaria na sua saúde mental. Mas não descarta a opção de voltar a vida política caso seu nome seja “ventilado”, mas confessa que isso apenas será possível se “combinar com o povo”.
“Uma espécie de calmaria, porque o nível de estresse aqui na prefeitura é muito alto, isso abala a nossa saúde mental. Então, eu prefiro ficar numa cidade menor. Então, eu prefiro ir para uma cidade menor do interior, onde eu possa ter uma tranquilidade. Eu tenho muitos filhos, é preciso ter muita saúde mental para suportar essa situação” - Assis Ramos