Por: Mateus Farias
Certas noites, moradores do bairro Bacuri relatam ouvir uma animada movimentação vindo da Escola Municipal Santos Dumont, localizada na Rua Projetada C. Ao se aproximar do prédio, observa-se a quadra da escola iluminada e pessoas animadas dançando ao som de músicas de Dance/Eletrônica internacionais ou remixes de músicas brasileiras. O que acontece é que nas noites de segunda a quinta-feira, das 20h às 21h a quadra da escola se torna um espaço de saúde e cultura, voltado à aulas de zumba.
Olhando ali quem participa, supõe-se que a maior parte seja composta por professoras e outros funcionários da escola. Na verdade, muitos acompanham o projeto de dança desde quando era realizado na quadra do Centro de Ensino Professor Edinan Moraes. Com a conclusão da reforma da Escola Santos Dumont, em 2024, o polo conseguiu um espaço mais confortável e adequado para as práticas.
As atividades são abertas a todo público. Quem nos conta isso é Lenilda Costa, coordenadora do polo Dança é Saúde e das atividades no local. Sobre os planos, explica que aos poucos estão aprimorando o projeto, que já conta com lanche saudável nas segundas-feiras e uma balança para acompanhamento do peso.
Lenilda diz que qualquer um pode participar, de qualquer idade, embora sejam mais frequentes jovens adultos e pessoas de meia-idade. Qualquer um é bem-vindo, e será bem acolhido.
Quem participa acaba gostando. Mary Lucy por exemplo, conta que participa das sessões de zumba há 3 anos, o que na época a ajudou a sair de uma depressão e deixar os remédios “Então eu gostei, fiquei. Pra mim, supriu a necessidade [de atividade física], melhor do que a academia”. E a indicação também ocorre, “Quando vem umas, aí chama outras outras. Então virou-se uma coisa cultural, né? Uma vai passando pra outra e… É, tanto que nosso polo tá cheio de alunas hoje”.
A coordenadora do polo, Lenilda Costa, conta que no começo há um receio dos participantes por terem de se expor num espaço aberto. O instrutor das sessões Klécio Araújo também confirma esse medo, porém relacionado à dança. “Não por conta de ser Zumba, né, elas ficam: ‘será que eu vou acertar? Será que eu não vou?’ Mas eu já falei pra elas que o importante é se movimentar”.
Já para Mary Lucy foi o inverso. Ela diz que não haviam essas preocupações. “Já tinha muita gente conhecida, né? Lá do bairro e outros amigos. Já conhecia ela [apontando para Lenilda], já conhecia ele [apontando para Klécio]. Então, foi mais fácil adaptar”, reitera Mary Lucy.
Por que Zumba?
Lenilda explica a escolha: de acordo com ela “a Zumba é uma forma de expressão cultural, com sua mistura de ritmos e estilos musicais de diversas partes do mundo”. E sobre sua influência na cultura local, ela diz que “impacto cultural do projeto em Imperatriz tem sido profundo, criando uma cultura de saúde, bem-estar e pertencimento”, conclui a coordenadora.
Além do aspecto cultural, a Zumba traz uma série de benefícios para quem é praticante ativo, como “promover a perda de peso, melhorar a resistência cardiovascular”, de acordo com Lenilda. O instrutor também explica, que a zumba ajuda na perca de calorias, pois “a partir do momento que você dança com intensidade, você perde mil calorias, dependendo da intensidade que você dança”.
O instrutor Klécio, fala que é muito gratificante o impacto das sessões na vida das alunas. “Principalmente quando a aluna chega pra gente dizendo que saiu de uma depressão, que quando chega do trabalho chega estressada e vem pra cá, libera todas as energias”, completa. No início, Klécio nem se imaginava ministrando zumba. “Eu não gostava de Zumba de jeito nenhum, eu não suportava, e aí eu fui vendo as aulas, fui participando da academia que eu malhava e hoje a minha paixão é a Zumba, eu vivo da Zumba e eu sou louco pela Zumba” declara o instrutor.
Serviço
Local: Quadra da Escola Municipal Santos Dumont. Bairro Bacuri, Rua Projetada C, entre Dom Pedro II e Dom Pedro I.
Horários: Segunda a Quinta, das 20h às 21h.
Instagram: @klecio_instrutor