Entenda como cuidar da saúde mental das crianças no período das férias
Foto: Karla Justino
Psicóloga escolar dá dicas de atividades divertidas para crianças nesse período do ano
Por Kelly Costa
Que as férias escolares são sinônimo de viagem em família e brincadeiras, todo mundo já sabe. O que pouco se discute é a respeito da ociosidade infantil, causada por maus hábitos comportamentais e os efeitos da quebra da rotina das crianças nesse período. Infelizmente nem tudo são flores, as férias também requerem de alguns cuidados quanto à saúde mental dos pequenos.
O que antes era costumeiro, como: hora pra dormir, hora pra ir para colégio, de brincar e etc… Agora, é um completo “Deus nos acuda”. Acontece que essa quebra na rotina das crianças podem causar estresse e oscilações comportamentais, as famosas birras.
Prestar atenção na rotina da criança não deve ser um hábito apenas no período das aulas, as férias também precisam desses cuidados. É nesse período que as crianças ficam ociosas e passam muito tempo na frente da televisão, videogames e celulares. Apesar de ser bastante divertido, esses comportamentos em excesso trazem problemas, como: vícios tecnológicos e isolamento.
A psicóloga clínica e escolar, Girlene Ferreira, indica que pelo menos um dos pais se programe para as férias escolares das crianças, e tirem de 10 a 15 dias do mês de julho para tá aproveitando com seu filho, fazendo atividades diferentes e proporcionando experiências significativas. “A infância é uma das fases mais importantes no desenvolvimento motor, cognitivo e psicossocial das crianças, é de suma importância a participação dos pais e responsáveis.”, complementa Girlene.
A psicóloga reuniu algumas dicas importantes para os pais, confira:
- Estimule as crianças a praticarem atividades ao ar livre: O contato com a natureza, um pouco de exposição ao sol, andar de bicicleta, jogar bola, visitar praias, fazer trilhas são algumas orientações divertidas e saudáveis para os pequenos;
- Dê prioridade a jogos não eletrônicos: Ofereça para seu filho alternativas diferentes de jogos, como: xadrez, jogos de tabuleiros, amarelinhas e etc… A ideia é desenvolver atividades lúdicas que estimulem o raciocínio lógico, criatividade, espírito competitivo, resiliência e memória sem o uso de smartphones ou qualquer outro aparelho tecnológico;
- Leve seu filho em passeios culturais: Oferecer para as crianças atividades culturais também é uma boa dica. Passeios em museus, parques e bibliotecas vai fazer com que sua criança tenha um maior contato com a cultura no geral, além de ser muito divertido.
Foto: Karla Justino
Tayná Duarte, irmã e responsável pelo João Pedro, encontrou nos exercícios mentais e físicos uma forma de evitar que o irmão de 11 anos ficasse longos períodos no videogame. ”No caso do meu irmão, ele é diabético tipo 1, então a gente sempre estimula o João a tá lendo, fazendo algumas tarefinhas e sempre levo no parquinho pra ele brincar, correr, se exercitar de fato. Porque ele precisa.”, explica, Tayná.