De olho no céu e na ciência – Professor de física leva a Astronomia por Imperatriz

Projeto de Olho Na Ciência no Salão do Livro de Imperatriz – Foto: Acervo Pessoal

Por Luana Araújo

” A gente realizava os projetos com a intenção de ensinar as ciências” – Foto: Acervo Pessoal

Trabalhando em cursos de formação de professores, o docente de Física Rivelino Cunha Vilela do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA já participou e coordenou diversos projetos sociais de caráter educativo em escolas públicas da cidade, todos voltados para o estudo de ciências, focados principalmente na área de Astronomia, a maioria deles com crianças na faixa etária dos 10 anos de idade. “Nós tentamos estimular o interesse delas por ciências, então uma das disciplinas que a gente mais trabalhava era a Astronomia, nós íamos nas escolas públicas do município, não apenas de Imperatriz, mas da região, e aí, nessas escolas a gente desenvolvia oficinas voltadas para essa área de estudo de Astronomia”, conta Rivelino.

Alguns dos projetos desenvolvidos por ele são De Olho no Céu, Escola de Ciências, Ensino de Astronomia no Ensino Básico e Astronomia em Aldeias. Nesses projetos as crianças aprendiam a identificar planetas, estrelas e até constelações, além disso, desenvolviam alguns experimentos para que elas pudessem ter um contato maior com a física, tudo com o intuito de despertar nelas o interesse pela ciência.

“A gente mostrava pra eles que temos livre acesso a um laboratório gigantesco, que é o próprio céu. Então usando o céu como laboratório a gente dava um ‘empurrãozinho’ neles para que percebessem que é possível sim fazer ciência e se interessar pela ciência no nosso dia a dia”, diz ele.

“Os trabalhos iniciaram da percepção que os alunos chegam ao ensino médio com muitos bloqueios em relação às disciplinas exatas e junto com nossos alunos de graduação reuníamos condições de colaborar para a quebra desse ciclo”

O trabalho feito com as crianças de 10 anos tem um propósito, pois nessa idade elas são mais curiosas, ou seja, é mais fácil atrair a atenção delas. O trabalho foi feito em diversas escolas do munícipio e deu muitos frutos, pois alguns trabalhos como livros e artigos desenvolvidos com os projetos foram apresentados em congressos tanto de nível nacional como internacional, sempre ganhando algum tipo de reconhecimento.

Escola de Ciências

Um outro projeto é o Escola de Ciências, que já possui um público mais velho com alunos de 8° e 9° ano das escolas municipais de Imperatriz.

Campeonato de Lançamento de Foguete – Foto: Acervo Pessoal

Também com o intuito de estimular no estudante o interesse pela ciência, eram ofertadas as disciplinas de Astronomia, Física, Matemática e Eletrônica para eles. O objetivo principal do programa era fazer com que os alunos tivessem um desempenho melhor em suas escolas e mostrar para eles que eram capazes de se desenvolver nessas áreas. “Então, nessa Escola de Ciências, a principal ideia era mostrar isso para o aluno: ‘Olha, você é capaz de estudar sozinho, de procurar o conhecimento e de se desenvolver, e não é tão dependente de professor ou da escola como você acha que é!’”, diz o professor.

O programa gerou resultados, pois tinha uma turma de 35 estudantes e desse total 14 foram aprovados no seletivo do IFMA. Vale pontuar que esse não era o objetivo principal do curso, mas sim, mostrar para eles que podiam estudar e se desenvolver na área de exatas por conta própria.

Os projetos infelizmente encontram-se parados por conta da pandemia da Covid-19, mas o intuito é que os trabalhos voltem a funcionar quando a pandemia acabar.