Bazar na internet motiva leitores a desapegar de livros usados

                                                                                         Texto: Andréia Cabral e Izabella Sousa

                                                                                         Foto: Andréia Cabral

A organização de bazar é uma excelente fonte de renda para quem deseja desapegar de roupas, sapatos, livros e acessórios em geral.  Imperatriz abraça uma nova prática de venda desses produtos, o bazar literário virtual, que além de oferecer um preço acessível para quem compra, serve como uma boa alternativa na diminuição de livros usados para quem vende.

O bazar on-line é uma excelente opção de compra e venda de livros usados, o baixo preço e dinâmica oferecida pelo comércio na internet, principalmente em redes sociais, traz comodidade e facilidade no consumo e venda destes produto. A artesã Angel Bárbara Martins (20), administra um perfil do instagram @alfarrabista1999 e destaca que o leitor se sente atraído principalmente pela faixa de preço das literaturas no sebo virtual, os produtos custam entre R$ 2,00 e R$ 10,00 em média. Ela faz bazar de literaturas antigas desde agosto de 2018, no último mês foram vendidos pela artesã cerca de dez obras, vindas de caixas de livros que ganhou de uma amiga. Segundo Angel, os títulos desperta interesse principalmente no público jovem.

Diferente da forma tradicional de comércio de brechós que dispõe em sua maioria de um local físico, a artesã optou por oferecer o seu acervo literário por meio da rede social, motivada principalmente pela falta de um ambiente fixo para a exposição de seus livros.  O perfil administrado por Angel contém 200 livros antigos disponíveis, despertando curiosidade nos leitores e uma frequência de procura  dos temas pelos universitários da cidade de Imperatriz-Ma. Um dos livros colocado a venda é a versão de Flankenstein uma obra escrita pela autora Mary Shelley entre 1816 e 1817, conhecido internacionalmente por ser um romance de terror gótico. Moby Dick ou a Baleia Branca escrito pelo autor estadunidense Herman Melville inspirado no naufrágio do navio Essex,  publicado na edição brasileira em 1983 é outro clássico do seu bazar.

Além das literaturas internacionais, os livros de escritores maranhenses também ganha espaço nas vendas, obras de grande importância para a literatura brasileira como  O Mulato de Aluísio Azevedo e Úrsula de Maria Firmina dos Reis. Angel conta que o interesse de passar para outras pessoas os livros  surgiu pelos pais, “ meus pais sempre me ensinaram colocar coisas boas pra frente. Meu pai sempre emprestou ou deu os livros dele pros amigos. O livro favorito dele é o Pequeno Príncipe, e ele já teve mais de seis ao longo da vida, porque ele empresta ou doa e acaba comprando outro. O meu é E o Vento Levou, e eu gostaria de passar pra frente e repor na minha estante”. Ressalta.

Com o intuito de liberar espaço na estante o assessor jurídico na Defensoria Publica Estadual, Luis Felipe Silva (26), optou em criar um perfil na rede social somente para vendas de livros usados, percebendo um crescimento significativo na página em pouco tempo. Silva relata que inicialmente lida com a curiosidade e a insegurança sobre o recebimento do produto por parte dos clientes, que o leva  a investir na divulgação. “Investi na divulgação e oferecia descontos para os clientes quem compartilhassem o sucesso da aquisição. As vendas começaram a se dar quase instantaneamente. Já cheguei a vender livros após um minuto da publicação  e eu esgotei bem rápido o meu estoque”. Comenta. Com o sucesso das vendas o assessor jurídico continua publicando livros que ele compra lê e  quer passar para outro leitor pelo menor preço na página @bazarliterarioitz, os principais compradores são pessoas que compartilham e resenham livros nos perfis da rede social.

Para se desfazer de algumas literaturas que não tem mais interesse em ler atualmente, o jornalista  Raylson Lima (27) monitora um perfil criado por ele em um período de férias. Segundo o jornalista, os livros anunciados não ficam mais de um dia disponíveis e logo já são comprados. “É um grande incentivo!” diz ele ao se referir sobre o público leitor “existe um público leitor e ao contrários do que se fala, o que falta é um incentivo financeiro”. Garante.

Raylson : livros vendidos no mesmo dia da postagem

A estudante de enfermagem Luciana de Vasconcelos (31), teve a ideia de colocar seus livros a venda num perfil de brechó porque vê como uma forma rápida de arrecadar dinheiro que pode ajudar no tratamento de sua filha de 3 meses que nasceu com uma doença crônica, fenilcetonúria. Luciana fala que procura pelos livros são constantes e a maiores deles são do seu acervo pessoal e outros vindos de doações de amigos.

Para fazer resenhas de livros no seu perfil da internet @chocolateliterario a auxiliar de dentista Luciana Oliveira (25), começa a comprar literaturas em bazares virtuais há cerca de dois anos. A procura por sebos na cidade deixa a desejar por mais locais fixo, segundo Luciana não favorece com os horários que ela tem disponível. Na tentativa de encontrar facilidade e flexibilidade ela optou por comprar seus livros em bazares virtuais. Além do preço menor que do mercado tradicional ela destaca que as obras estão em boa conservação. “Apesar de serem usados, alguns são muito bem conservados e tem também a vantagem de ter o livro em menos de um dia, quando não acontece imprevistos”. Explica. algumas obras literárias adquiridas por ela são  clássicos como Doyle, Kafka, Dostoitévski.

 

  Anota aí:

 Bazar online criado por Angel Bárbara Martins

Instagram: @alfarrabista1999

Vendas: via instagram

Bazar online criado por Luis Felipe Silva

Instagram: @bazarliterarioitz

Vendas: via direct do instagram

Bazar online criado por Raylson Lima

Instagram: @trocalivrositz

Conato para vendas e trocas: (99) 991591491

 Bazar online criado por Luciana de Vasconcelos

Instagram: @bazar_dos_f.r.i.e.n.d.s,

Vendas: via instagram