Cidade bem representada: imperatrizense foi ganhadora de maior competição de vaquejada do país

“É não foi fácil, muito preconceito, muita discriminação, mas aos pouquinhos fomos ganhando espaços e conquistando”, diz Ketty Farias os desafios que o levaram a conquista.

Ketty Farias foi a única mulher, a representar a região tocantina em competição nacional de vaquejada / Foto: Guilherme Soares

Por Carlos Antônio

Natural de Petrolina – PE, mas imperatrizense de coração, onde mora a mais de 12 anos, fisioterapeuta e instrutora de pilates. Mas antes de entrar para a área da saúde, Ketty Farias já tinha em seu sangue o mundo country, o gosto pelo esporte é algo que ela já carregava desde muito pequena, frutos de uma família apaixonada por rodeios e competições em parques de vaquejadas, representou a cidade de Imperatriz e foi campeã na categoria feminina na vaquejada do 1º Grande Prêmio Brasil Parque das Palmeiras, realizada na cidade de Lagarto, em Sergipe. A categoria foi disputada por mais 30 mulheres de várias partes do país.

“A vaquejada é um esporte tradicional da minha família Farias, eu sou de Petrolina, lá a minha família paterna, o meu avô ele trouxe a vaquejada para o interior do Pernambuco/Lagoa Grande, e isso apaixonou então os sobrinhos, os netos, meu irmão corre vaqueja, então isso já é uma tradição de família”.

Um grande incentivador da vaquejada para ela, foi seu já falecido tio Leonildo Farias, onde ele já o levava para conhecer o mundo do rodeio, e que isso foi alimentando o seu sonho de um dia poder aprender, e participar de uma competição de rodeio.

“Ele pegava os sobrinhos, já me levou para a vaquejada, ele pagava as senhas, ele era um grande incentivador da família entendeu, só que quando eu morava lá não tive a oportunidade de correr por lá, só fui ter a oportunidade aqui em Imperatriz”.

DESAFIOS E AS CONQUISTAS

Bastante animada e sempre imaginando um dia poder competir e participar de uma vaquejada, Ketty sempre acompanhou a família nos eventos, relembrando que não foi nada fácil chegar aonde ela chegou, as barreiras foram grandes, os “preconceitos” e o “machismo” ecoavam o tom, de um esporte meramente masculino, mas que no final tudo isso foi superado, devido a suas vitórias e conquistas.

Ketty Farias conta que ganhar um prêmio, em uma competição praticada em ampla maioria por homens é uma conquista / Foto: Guilherme Soares

“É não foi fácil, muito preconceito, muita discriminação muito “machismo”, mas aos pouquinhos fomos ganhando espaços conquistando, e hoje a mulherada está com tudo”.

Nada foi organizado, e que tudo foi de última hora e que nada foi planejado, a pressa tomou de conta, pois o objetivo maior dessa conquista teria um destino especial para ela, pois o troféu da sua conquista seria destinado para uma amiga que estava sofrendo de câncer.

“Antes de sair eu falei para mim, se eu ganhar esse troféu eu ia dar para uma pessoa uma amiga minha aqui, a família dela me acolheu quando cheguei, e hoje ela infelizmente se encontra com câncer. Então resolvi que se eu fosse a campeã o troféu era dela, pois eu queria fazer essa homenagem a ela”.

Por fim, Ketty ressaltou que só foi alegria, por ter conquistado o prêmio na melhor vaquejada do país. “Foi muito bom a adrenalina assim foi uma coisa inexplicável, porque ganhar na melhor vaquejada do Brasil, realmente é fantástico, nossa sem palavras realmente o maior prêmio da minha vida”.

Outro desafio que acontece é a falta de patrocínio e apoio da cidade, para ajudar levar o nome de Imperatriz mais longe e ganhar mais visibilidade no cenário nacional. “Falta só um patrocinador oficial, porque o gasto é grande”, afirma Ketty.

Na região tocantina, Ketty Farias se orgulha em dizer que a 8 anos é a única vaqueira da cidade que é a única a representar outros estados fora do Maranhão, possuindo um total de 37 títulos em Pernambuco, Sergipe, Tocantins, Pará e Maranhão. O sonho não para e o desejo de alcançar novas metas, ainda continua.