Repórteres: Ana Luiza Palmeira e Virna Águida
Fotos: Ana Luiza Palmeira, Virna Águida e Arquivos Pessoais
A moda a cada temporada vai e vem e as peças artesanais, como o crochê, voltaram com força, principalmente, na estação mais quente do ano. São biquínis, chapéus, bolsas, vestidos e calças cada vez mais presentes no guarda-roupa dos imperatrizenses. Maria Natividade Cortez faz crochê há 59 anos acredita que essa técnica é uma arte, porque uma pessoa pega um novelo de linha e com duas, três ou mais cores faz uma peça.
“Há mais ou menos dois anos a nossa profissão não era valorizada, não era considerada arte e hoje isso já mudou. Hoje é profissão”, conta Celia Maria Ribeiro Ferreira, que faz crochê há 53 anos. A artesã relata que a desvalorização dessa profissão dificultava a demanda de encomendas, pois as pessoas nunca queriam pagar o preço que estipularam. Entretanto, nos últimos anos, com o aumento da comercialização de peças de crochê, devido às redes sociais, esse fator está mudando.
O interesse pelo crochê tem crescido progressivamente, não apenas por estar na moda, mas também pelos ganhos que traz para o bem-estar mental. “Crochê é uma terapia”, expõe a artesã Natividade. Essa técnica artesanal é frequentemente vista como uma forma de meditação, pois ajuda a acalmar a mente e lidar com o estresse e a ansiedade do cotidiano.
Karen Cristina Silva de Aquino, 33 anos, começou a fazer crochê como uma forma de terapia para lutar contra a depressão, porque a concentração, coordenação e paciência necessárias para praticar, a ajudavam a acalmar a mente e diminuir os níveis de estresse e ansiedade. Depois de um tempo resolveu transformar a terapia em trabalho. A sua loja já funciona há 6 anos.
Preparamos para vocês uma lista de artesãs ligadas a Associação dos Artesãos de Imperatriz (Assari). A lista está organizada de acordo com a quantidade de anos que a pessoa trabalha com o artesanato. Todas atuam com o crochê há mais de três anos, logo, possuem experiência e prática na área, para entregar o melhor serviço possível ao cliente.
Segue a lista de 8 artesãs que trabalham com crochê em Imperatriz:
- Sula Ateliê
Sulamita da Silva, 69 anos, aprendeu a fazer crochê sozinha, aos 8 anos de idade. Além disso, conta que fez a sua primeira agulha com pedaços de madeira, para praticar os pontos.. Suas produções giram em torno de peças para a casa, como tapetes para decoração, jogos para banheiro e quarto.
- Valores: Peças de R$15,00 até R$360,00.
- Público-alvo: Mulheres
- Whatsapp: (99) 9204-1149
- Endereço: Centro de Artesanato, rua Urbano Santos – Centro, Imperatriz – MA
- Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira, das 9 às 17 horas e aos sábados de 9 às 14 horas.
- Native Crochê
Maria Natividade Cortez, 66 anos, começou a fazer crochê ainda criança, com sete anos. A artesã teve o incentivo da mãe, que acreditava que a atividade evitaria as distrações da rua. Começou tendo aulas com uma senhora e com o tempo foi se aprimorando. Atualmente vive do artesanato e acredita que não é apenas um trabalho, mas também uma forma de terapia. Trabalha com mais de 60 pontos de crochê e faz de acordo com o gosto do cliente. Faz caminhos de mesa, tapetes, blusas e vestidos sob encomenda.
- Valores: Suas peças vão de R$ 20,00 até R$ 2 mil.
- Público-alvo: Mulheres, geralmente donas de casa, homens e jovens
- Whatsapp: (99) 99119-1726
- Endereço: Centro de Artesanato na rua Urbano Santos – Centro, Imperatriz – MA.
- Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira, das 9 às 17 horas e aos sábados de 9 às 14 horas.
- Célia Artes e Artesanato
Celia Maria Ribeiro Ferreira, 66 anos, conta que sua história com o crochê surgiu de uma curiosidade, quando teve contato com o artesanato pela primeira vez, aos 13 anos. Conheceu uma senhora que fazia peças para casa e pediu para ela lhe ensinar. A artesã trabalha profissionalmente com o crochê há 5 anos. Ela faz todos os tipos e modelos de crochê, depende da encomenda do cliente.
- Valores: Suas peças vão de R$ 20,00 até R$ 500,00.
- Público-alvo: Mulheres e jovens
- Whatsapp: (99) 9844-20230
- Facebook: Célia Maria
- Instagram: @celia_m_r_ferreira
- Endereço: Centro de Artesanato na rua Urbano Santos – Centro, Imperatriz – MA.
- Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira, das 9 às 17 horas e aos sábados de 9 às 14 horas.
- Fatoca Ateliê
Maria de Fátima Ferreira Silva, 68 anos, conta que desde criança teve vontade de fazer suas próprias criações,. Foi aprendendo sozinha a fazer todos os pontos e criar suas próprias peças. Quando aprendeu a fazer crochê, criava os acessórios e decorações de sua casa e foi se especializando. Alega que se dedica ao artesanato por prazer e que é uma tarefa de relaxamento. Nesta época de verão, vende biquínis e muitas saídas de banho, mas, revela que prefere trabalhar com peças maiores, como casacos e vestidos.
- Valores: Suas peças vão de brincos de R$10,00 até peças maiores de R$250,00.
- Público-alvo: Jovens, mulheres e pets
- Instagram: @fatocaatelie
- Whatsapp: (99) 98407-3663
- Endereço: Centro de Artesanato, rua Urbano Santos – Centro, Imperatriz – MA
- Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira, das 9 às 17 horas e aos sábados de 9 às 14 horas.
- Rosilene Ateliê
Rosilene Gomes Xavier, 49 anos, teve seu primeiro contato com o crochê na infância, por meio de sua tia, porém foi ao observar as outras fazendo crochê no Centro de Artesanato que acabou pegando o gosto por essa prática. Ela trabalha há 7 anos fazendo amigurumis, que são bonecos de pelúcia feitos com pontos de tricô ou crochê.
- Valores: Depende da peça. Algumas custam cerca de R$100 a R$150, outras são mais baratas ou mais caras.
- Público-alvo: Mulheres e crianças
- Instagram: @gomesxavierrosilene
- Whatsapp: (99) 99128-3994
- Endereço: Centro de Artesanato na rua Urbano Santos – Centro, Imperatriz – MA
- Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira, das 9 às 17 horas e aos sábados de 9 às 14 horas.
- Arianah Crochê
Karen Cristina Silva de Aquino, 33 anos, faz crochê há seis anos. Conta que aos 27 anos estava na luta contra a depressão e se esforçou para aprender a técnica como uma forma de terapia e também como uma forma de manter um vínculo com sua falecida avó. Em sua loja ela trabalha fazendo amigurumis, peças moda praia e urbana e itens para decoração. A artesã também tem um canal no Youtube onde ensina como fazer algumas de suas peças (qual?).
- Valores: R$70,00 é o valor mínimo e a taxa de entrega é calculada a partir do endereço.
- Público-alvo: Mulheres
- Instagram: @crochearianah_
- Whatsapp: (99) 98208-2298
- Endereço: Loja Virtual
- Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira, das14 às 18 horas.
- Meraki Crochê e Macramê
Elem Rosy Miranda Aguiar dos Santos, 23 anos, faz crochê há três anos e cinco meses. Ela informa que quando criança sempre via sua mãe fazendo tapetes de crochê, até pediu para ela lhe ensinar, mas achou difícil e desistiu. Entretanto, no início da pandemia de Covid-19, criou coragem para aprender e o que começou como um hobby virou um trabalho em 2022. A artesã faz roupas, bolsas e peças de decoração em crochê e macramê.
- Valores: Os valores dependem da peça, quanto tempo demora para fazer e quanto de material vai ser necessário para fazer.
- Público-alvo: Mulheres
- Instagram: @er.meraki
- Whatsapp: (99) 8460-0731
- Endereço: Loja Virtual
- Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira, das 9 às 20 horas.
- Mania de Crochê
Sara Cristina Cardoso, 21 anos, sua mãe lhe ensinou a fazer crochê como uma forma de terapia para ajudar na ansiedade. Depois de um tempo transformou essa terapia em uma marca com mais de 2 mil seguidores no Instagram. A artesã já trabalha com o crochê há três anos, fazendo biquínis, saias, vestidos, calças e muito mais!
- Valores: Suas peças variam entre R$59,90 e R$418,00.
- Público-alvo: Mulheres
- Instagram: @maniadecroch_
- Whatsapp: (99) 8505-9624
- Endereço: Loja Virtual
- Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira, das 9 às 20 horas.