Congestionamentos crescem nos horários de pico em Imperatriz, enquanto frota chega a 202 mil veículos e apenas 17 agentes atuam nas ruas

Avenidas centrais registram lentidão diária em 2025; número de veículos aumenta 7 mil por ano e desafia a mobilidade urbana.

Agentes de trânsito durante atuação no calçadão de Imperatriz.

Foto: Mariana Oliveira

Os congestionamentos nos horários de pico se tornaram parte da rotina de quem circula pelas principais vias de Imperatriz. Com uma frota que ultrapassa 202 mil veículos registrados e um crescimento anual médio de 7 mil novos emplacamentos, a circulação urbana da cidade segue em adaptação, enquanto apenas 17 agentes de trânsito atuam diariamente na fiscalização e organização do fluxo.

O cenário é resultado de uma combinação de fatores típicos de cidades-polo: crescimento econômico, aumento populacional, fluxo diário de veículos vindos de outros municípios e circulação de cargas pela BR-010. Com isso, alguns trechos passaram a registrar lentidão frequente, especialmente nos horários de maior movimento.

Segundo o agente de trânsito Fernando Silva Fernandes, diretor executivo da Superintendência Municipal de Trânsito (SUTRAN), o horário de maior congestionamento é por volta de 7h30, durante o deslocamento para o trabalho, e novamente às 18h, quando o fluxo se concentra na volta para casa.

“Esses períodos representam o maior volume diário nas ruas. Além da frota local, recebemos muitos veículos de municípios vizinhos, o que aumenta a densidade nas avenidas centrais”, explica Fernando.

Avenidas com maior lentidão

As vias que mais registram congestionamentos em 2025 são:

  • Avenida Getúlio Vargas
  • Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa
  • Avenida Santa Tereza
  • Avenida Ceará
  • Trecho urbano da BR-010

Essas regiões conectam bairros populosos ao centro comercial e concentram grande parte das atividades econômicas da cidade.

Fernando destaca que a BR-010, em especial, recebe não apenas o trânsito local, mas também carretas e caminhões de passagem, o que influencia diretamente no tempo de deslocamento urbano.
“Veículos pesados têm uma dinâmica diferente e acabam reduzindo a velocidade média em alguns trechos, principalmente nas interseções”, afirma.

Número reduzido de agentes exige organização estratégica

Mesmo com o volume crescente de veículos, cerca de 17 agentes de trânsito atuam diariamente na cidade, número considerado limitado para a dimensão do fluxo atual. A SUTRAN, no entanto, direciona essas equipes para pontos considerados críticos durante os horários de maior movimento.

“Trabalhamos com deslocamento constante. À medida que o trânsito muda, as equipes também mudam de posição. Nosso objetivo é sempre priorizar a fluidez e a segurança”, explica o diretor.

Nos fins de semana, o movimento tende a ser mais leve, principalmente por conta da redução do tráfego de cargas e da circulação comercial.

Ações em andamento para melhorar a mobilidade

Para equilibrar o crescimento da frota com a circulação diária, o município segue investindo em:

  • Atualização da sinalização
  • Ajustes de sentido em algumas vias
  • Revisão de cruzamentos de maior lentidão
  • Planejamento de novas rotas alternativas
  • Projetos para modernização dos semáforos
  • Estudos para ordenamento de estacionamento no centro

“A tendência é que a frota continue crescendo, então trabalhamos com planejamento constante para acompanhar esse ritmo”, comenta Fernando.

Mobilidade em evolução

Como pólo regional que conecta Maranhão, Pará e Tocantins, Imperatriz recebe diariamente veículos de diversas cidades vizinhas. Somado à frota própria, esse fluxo aumenta consideravelmente o volume nos principais corredores urbanos.

Apesar dos pontos de lentidão, o diretor reforça que a cidade segue acompanhando esse crescimento com ajustes contínuos.
“O trânsito é dinâmico e sempre vai refletir o ritmo da cidade. Nosso trabalho é adaptar a mobilidade para manter a fluidez e segurança”, conclui Fernando.