Conheça algumas mulheres que se reinventaram na Pandemia
Por Thays Gabrielle
Mães, donas de casa, esposas e visionárias. Sabem o que todos esses termos possuem em comum? A história de mulheres que se reinventaram na pandemia através de um mercado que cresce cada vez mais: o empreendedorismo. Mulheres como Amanda Melo, Cassandra Silva, Camila Barbosa e Mayara Chaves compõem a categoria de 263 mil donas de negócios identificadas no Maranhão pelo Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na pesquisa Empreendedorismo Feminino no Brasil, que abrange dados até o terceiro trimestre de 2020, período sobre intenso impacto da pandemia do corona vírus.
Apesar de serem as mais prejudicadas as mulheres estão sendo mais inovadoras por demostrarem maior agilidade e competência ao incrementar inovações em seus negócios, é o que aponta dados do Sebrae e da fundação Getúlio Vargas (FGV). É o que fez Mayara Chaves, por exemplo, ao implementar a primeira Pipocaria Gourmet em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão. Assim como Amanda Melo que apostou nas saladas de frutas gourmet e o bombom aberto. E as jovens, Cassandra Silva e Camila Barbosa, que estão buscando novidades através da venda de roupas, maquiagens e produtos de cuidados com a pele (Skincare). Além disso, disponibilizam o serviço de delivery para seus clientes.
“Empreender é se reinventar a cada dia”
Mãe de dois filhos pequenos, mulher forte, visionária e empoderada é assim que se descreve Cassandra Silva, 21 anos , uma jovem empreendedora que trabalha com vendas de roupas online no Instagram, sua maior motivação para começar com as vendas foi o fato de estar desempregada e precisar de uma renda para ajudar nas despesas da casa.
Cassandra conta que por ser mulher, esposa e empreendedora já sofreu com vários preconceitos, principalmente pelo fato de trabalhar em casa, frases como: “ você não faz nada” e “ é só tirar da sacola e vender” são as mais ouvidas, ela destaca. Por conta da Pandemia, cogitou em desistir por várias vezes mas, conseguiu inovar apostando em produtos que chamassem atenção do público feminino como: roupas, lingeries, e produtos de sexy shop. Sua maior inspiração para não desistir são os seus filhos, “ para eles, e por eles, luto todos os dias”, enfatizou Cassandra Silva.
Uma oportunidade
Mãe de um bebê, criativa, esforçada e persistente, assim é Amanda Lázaro de Melo, 23 anos, começou a empreender por causa da dificuldade de arrumar emprego formal e encontrou nos doces uma oportunidade de fazer o que gosta e garantir uma renda extra.
Por conta do isolamento social chegou a parar as vendas por alguns dias, depois voltou novamente a atividade, “ estou sempre inovando”, pontua Amanda Melo ao falar sobre a novidade: salada de frutas gourmet, um dos doces que são vendidos por ela. Sua maior expiração para não desistir é seu filho e as dívidas.
A paixão pelos negócios
Mãe de uma bebê, Maria Camila Barbosa diz que a palavra que a descreve é resiliência. Começou a empreender em abril de 2020 durante a Pandemia, mesmo com o cenário de incertezas e empresas fechando suas portas, Camila seguiu em frente, apesar do medo, desistir nunca foi uma opção.
Ela conta que conseguiu se reinventar através de publicações de vídeos na rede social Instagram, além disso, adotou também o serviço de delivery e buscou sempre ter mercadorias essenciais como produtos de cuidados com o rosto, maquiagens e acessórios femininos que tinham sempre uma grande procura. O maior motivo de entrar no ramo do empreendedorismo, foi o fato de ter mais tempo livre e poder acompanhar o crescimento da sua filha. Apesar da sua paixão pelos negócios, Camila Barbosa pontua que já sofreu preconceito pelo fato de ser mulher e empreender, “ as pessoas acham que esse fato impede do negócio ter sucesso”, destacou Camila Barbosa.
Empreender é se reinventar
Mãe de três filhos, determinada e decidida. Assim é Mayara Chaves, 29 anos, uma jovem empreendedora nata, que está inserida no universo dos negócios desde os seus 14 anos, com a Pandemia que trouxe um cenário de indecisões, ela abriu mão de sua Hamburgueria para da início a um novo negócio: uma pipocaria nobre gourmet.
Com heranças do empreendedorismo, sua maior expiração para não desistir é a história de mulheres da sua família que também eram empreendedoras. Mayara Chaves pontua que antigamente sofria preconceito porque as pessoas não enxergavam o empreendedorismo como uma profissão, ela conta que vendia os produtos e as pessoas diziam: “ isso não é uma profissão, você precisa se formar, você é mulambeira”. Ressalta, Mayara Chaves.
Por estar introduzida no mercado, Mayara diz que enxerga hoje o Empreendedorismo como um trabalho que tem proporcionado uma grande inclusão em relação as mulheres
“ eu por ser mulher eu me considero uma pessoa beneficiada hoje por exemplo, pelo Sebrae que faz projetos voltados para as mulheres “.
Mayara Chaves é fundadora de uma Associação de Mulheres Empreendedoras de Imperatriz, onde ela ministra mentorias, consultorias e ações que são realizadas na cidade. Ela destaca que durante a Pandemia essa Associação fez com que mulheres se fortalecessem, “ hoje nós somos muitas mulheres em prol do empreendedorismo dentro de Imperatriz”. Finalizou Mayara Chaves.
Histórias de mulheres de como essas, quebram o paradigma antigo de que lugar de mulher é em casa e cuidando dos afazeres domésticos. O Empreendedorismo veio para mostrar que mulheres são livres e podem fazer tudo isso ao mesmo tempo, e mesmo assim empreender, ter sua própria renda e mostrar que o lugar da mulher é onde ela quiser.
Conheça mais sobre a Associação de Mulheres Empreendedoras De Imperatriz: https://www.mulheresempreendedorasdeitz.com
