Primeira rádio de Imperatriz migra de AM para FM e segue em fase de teste até junho

Texto e fotos de Edeuí de Oliveira

A rádio Cidade Esperança AM migrou no dia 5 de março deste ano para FM, e é a primeira que migra em Imperatriz. A emissora está funcionando no formato FM em fase de teste até junho deste ano. No primeiro artigo da lei de número 8.139, decreta a extinção do serviço radiofônico em ondas médias. O diretor Wesley que para atender essas exigências a emissora teve de investir bastante. “Para fazer a migração da rádio foi necessário gastar R$ 600 mil  aproximadamente, houve mudanças no estúdio, nos equipamentos, nos programas de computador, a troca do transmissor, e ainda mudou toda a programação”, explica Feitosa. Apesar de gastos a expectativa é de aumentar a audiência. De acordo com Feitosa a audiência tem aumentado devido às procuras dos ouvintes nos canais de comunicação da emissora como: o telefone; whatsapp e facebook. 

A rádio Imperatriz entrou em funcionamento em 1978 e no ano 2005 passou a ser chamada de Rádio Cidade Esperança. A emissora AM 570 MHz, pertence à Igreja Evangélica Assembléia de Deus desde 2005, e agora passa a ser FM 106,9. O jornalista Renato Santos, locutor da rádio, explica que com essa mudança a qualidade do som é superior. A FM alcança outras plataformas digitais como: notebook, tablete, celular. Com isso, o marketing é mais valorizado nesse meio. “Nos últimos 20 anos as vendas na AM tem caído cerca de 50% no Brasil devido à má qualidade das ondas, enquanto a lucratividade da FM tem aumentado”, explica Santos.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) juntamente com a Anatel decidiu a proibição do sistema AM para todo o Brasil. Os proprietários do sistema de rádio AM foram solicitados este ano para a migração do sistema FM em até seis meses. Em Imperatriz existe apenas a Rádio Mirante AM que está em processo de migração.

O técnico de transmissores Eli Saraiva explica que o sistema de rádio AM apesar de ter um maior alcance é vulnerável às interferências, até mesmo quando liga uma televisão próxima ao rádio. Destaca ainda que na mudança do sistema de AM para FM é menos complexa que a fundação de uma AM e o consumo de energia é menor. “Ficou melhor”, comenta.