Por Ana Luiza Palmeira
No dia 19 de novembro de 2024, aconteceu a 28º sessão ordinária na Câmara Municipal de Imperatriz, ela foi o local escolhido pelos servidores que prestam assistência nas escolas do município reivindicarem seus pagamentos, mais de cem servidores compareceram à plenária. A cuidadora, Késia de Sousa Alves, esclarece que essa já é a segunda vez no mês que vão até a Câmara para discutir sobre a questão salarial e também as melhorias para a classe.
Desde agosto, os trabalhadores relatam que o salário e vale alimentação tem sido creditado com uma média de 20 dias de atraso. Ela conta que em setembro e outubro receberam sem nenhum problema, mas que a situação voltou a se repetir em novembro, com o pagamento do salário e o crédito do vale alimentação não sendo efetuados nas datas previstas. “Até agora, o salário está com 12 dias de atraso, e o vale alimentação, que deveria ter sido creditado até o dia 10, está com 9 dias de atraso”, afirmou.
Conta também que já existe um processo em andamento no Ministério Público do Trabalho, devido a essas denúncias de falta de pagamento por parte de cuidadores, monitores, vigilantes e outros funcionários da empresa terceirizada. Késia, trabalha na área desde 2015, primeiro prestou serviço como seletivada e agora atua como terceirizada, e esclarece que esse é o recurso que tem para viver, pois é dessa renda que paga seu aluguel, alimentação e plano de saúde.
Uma outra medida que esperam é que haja uma revisão dessa prestação de serviço, pois fala que a jornada de trabalho dos cuidadores é de 40 horas. “Eles deveriam ou pagar mais, ou então diminuir essa jornada de trabalho para um turno, porque o que é pago realmente é muito pouco para a gente. e ainda ficar nessa situação de atraso de salário, atraso de vale refeição, é muito complicado” expõe a cuidadora.
O vereador Professor Davison (PC do B), declara que o papel da Câmara de Vereadores nesse momento é fiscalizar e cobrar os órgãos para que aconteça uma resolução dessa questão. “Hoje fizemos aqui uma cobrança para que se constasse oficialmente a necessidade de encaminhamento de soluções judiciais., então nós pedimos aqui uma ação civil pública” relata o vereador. Acrescenta que a posição dos vereadores é encaminhar essas demandas para o Ministério Público e também para todos os órgãos que são responsáveis pela execução dos direitos da classe trabalhadora.
Declara que sua posição é de solidariedade não apenas durante as manifestações, mas também durante o acompanhamento dos encaminhamentos, “a sessão ordinária de hoje contou com uma ampla participação desses trabalhadores e nós colocamos os nossos mandatos à disposição para que nesse momento de dificuldade encontrem a solidariedade, tanto política como também jurídica”.
A sessão contou também com a presença da secretária de educação Cleomar Conceição da Silva, que foi convocada a dar seu parecer sobre a questão e trazer respostas para os servidores. A secretária afirma que o Ministério do Trabalho e a empresa contratada irá cumprir com todas as determinações e informa que no dia 21 de novembro, às 15:30 vai acontecer uma reunião entre eles.