As mulheres que movimentam
o mercado do peixe
Aline Marinho
Lorrany Lopes

Bárbara Leite, 38 anos, trabalha há 24 anos com a venda de peixes, trabalhava no mercado antes de ser reconstruída, no período da reconstrução teve que se mudar para um estabelecimento ao lado, e logo em seguida alugou uma casa no final da rua juntamente com Roberta, outra vendedora, para continuar suas vendas, este processo levou em torno de 7 anos.
Na pandemia houve uma queda significativa no faturamento para o comércio, mas Bárbara e seu funcionário afirmam que trabalhavam com entregas antes mesmo da pandemia, e a demanda de pedidos aumentaram bastante fazendo com que a distribuição não fosse suspensa. “A venda caiu bastante, mas como a gente trabalha com entrega, a gente foi amenizando, os primeiros meses foram bem dificeis”.
A pior fase para mercantilizar já este ano, foi quando surgiu a doença da “urina preta” que é causada por uma toxina, porém não houve casos na Cidade, rapidamente foi espalhada diversas fake news, e as pessoas pararam de consumir os peixes por um tempo “A venda aqui caiu bastante, o pessoal chegava ‘não quero esse’ a venda do tambaqui e tucunaré ficou perdida” e diz que ainda hoje tem pessoas que não querem consumir estes peixes.
Roberta Castro Dourado, 62 anos, trabalha há 40 anos, e acompanhou a evolução do mercado do peixe, hoje com seu funcionário Jorge Silva, 16 anos, que também é seu sobrinho, nunca desistiu do seu negócio mesmo vivendo momentos difíceis, e vem se adaptar com o passar do tempo, melhorar seus serviços, assim, melhorando as suas vendas.
Os fornecedores de mercadoria são diversificados para os vendedores, e de outras Cidades como São Luís, Bragança, Pará, Paraná, Belém, e Santarém, no mercado, cada cabine tem um proprietário, porém não são utilizadas a não ser na semana santa, onde a demanda de peixes aumentam “Só querem trabalhar aqui na semana santa, durante o ano só nós”, afirma Bárbara.




Christiany, de 29 anos, está trabalhando com vendas de mariscos há 12 anos, possui um ponto de venda no mercado do peixe que funciona com 2 funcionários. Ela conta que durante a pandemia teve sua melhor época por causa da quarentena causada pelo Coronavírus. A vendedora explica que as pessoas estavam mais em casa e por isso variam seu cardápio e aprimoraram a culinária, assim a venda de mariscos para ela, aumentou.