Instituição atende cerca de mil pessoas por mês na Vila Lobão
Ivanilde Firmo
A Casa de Acolhimento da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Imperatriz (Apae), fundada em 1978, é uma instituição que promove a qualidade de vida e a defesa dos direitos das pessoas com deficiência intelectual ou múltipla. Com uma equipe de profissionais da saúde, educação e serviço social, a Apae atende, em média, mil pessoas por mês, oferecendo desde oficinas pedagógicas até consultas médicas especializadas.
A presidente construtiva da Apae, Maria Margarete Mesquita Araújo, conta que a instituição trabalha com três eixos: saúde, educação e serviço social. Ela diz que a Apae enfrenta muitas lutas e dificuldades, mas que se sente gratificada ao ver o desenvolvimento de cada pessoa atendida. “Trabalhamos com amor e dedicação, buscando sempre o melhor para os nossos assistidos”, afirma.
A Apae oferece um programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), destinado aos estudantes que não seguiram no ensino regular. “O primeiro horário é na oficina pedagógica e o segundo com o professor de capoeira, dança e educação física”, explica a coordenadora Vânia Silva Sousa. Ela diz que o EJA proporciona oficinas para as pessoas que, por causa da idade mais avançada, não se inserem mais no ciclo da escolarização.
A equipe de saúde é responsável por atender os pacientes que têm deficiência intelectual, física, síndrome de Down e autismo. A coordenadora e psicóloga, Thays Fontes de Oliveira, informa que ela é formada por psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogo, nutricionista, enfermeira, assistente social, educação física e médicos nas especialidades de neurologia, psiquiatria e fisioterapia.
“Para avaliação, no geral, é feito um projeto terapêutico singular de cada paciente e neste projeto perguntamos para a família por quais motivos vieram as queixas”, explica Thays. Ela diz que só a partir desses primeiros contatos é possível tratar as comorbidades das pessoas com deficiência e definir uma meta específica para cada paciente, sempre contando com a orientação da família.
“É gratificante estar no processo. Muito bom quando vou fazer a reavaliação e vejo o resultado”, comenta Thays. Ela acrescenta que sempre busca definir novas metas, senão o processo de alta se torna trabalhoso tanto para o paciente quanto para os seus familiares. “Porque eles acabam criando um vínculo tão forte que o processo de alta é difícil”.
Um exemplo do impacto positivo da Apae é o depoimento de Maria Nazaré, mãe de um aluno do EJA. “Meu filho é bem tratado, aqui é a segunda casa, passamos mais tempo na Apae do que em casa. Ele evoluiu bastante, tem o apoio de todos os profissionais e minha presença, sempre estou aqui. Além da ajuda que a Apae dá é importante a família sempre estar presente”, relata.
Esta matéria faz parte do projeto da disciplina de Redação Jornalística, chamado Meu Canto Também é Notícia. Os alunos e alunas foram incentivados a procurar histórias jornalísticas em seus próprios bairros. Essa é a primeira publicação oficial de todas, todos e todes.