Depois que alagou
"Mãe, já vai encher?
Vamos perder as nossas coisas?”[two_third] é o que pergunta a criança à mãe, com medo de novas chuvas. Medo é sentimento encontrado pela equipe do Imperatriz Notícias nas vítimas das enchentes de Imperatriz, dias após o último alagamento. Do dia 31 de março para 1 de abril, Imperatriz foi assolada por uma chuva que causou alagamentos por várias áreas da cidade, com 88 milímetros (mm) de precipitação – sendo que 50 mm já é considerada uma chuva muito forte. A forte chuva se repetiu na noite do dia 4 para 5 de abril, levando a Prefeitura a decretar estado de emergência. Ao todo, Imperatriz sofreu com no mínimo 200 mm de chuva. Pelo menos 2.500 famílias foram atingidas, segundo a Defesa Civil, e 800 ficaram desabrigadas. Nesta reportagem, os acontecimentos decorrentes das últimas chuvas são detalhados por famílias atingidas, especialistas, voluntários e profissionais que lutaram para trazer normalidade de volta à cidade.[/two_third][two_third_last][/two_third_last]
Depois da chuva
Desabrigados
Atingidos
mm de chuva
metros de drenagem
Especialistas explicam os alagamentos em Imperatriz
A resposta sobre o porquê de Imperatriz alagar não é simples e tão pouco possui uma solução imediata. Veja o que profissionais de áreas diversas explicam sobre o tema.

Relato de uma repórter
Imperatriz sofreu com uma forte chuva que alagou quase toda a cidade no início do mês de Abril. A mídia local cobriu esse fato mostrando todos os prejuízos para o município e população. O jornalista tem a responsabilidade de cobrir os fatos com profissionalismo. No entanto, como cidadão não deixa de se sensibilizar com os acontecimentos que afetam seus conterrâneos.
Diulia Sousa, por exemplo, foi uma das jornalistas que cobriu o alagamento. Repórter da TV Mirante há quase dois anos, ela esteve em vários pontos da cidade que foram alagados e conta sua experiência na cobertura da tragédia.
“Pessoas tirando água de casa, alguém tentando salvar seus móveis, idosos que não tinham mais onde dormir. A gente se sentia mais tocado e ao mesmo tempo mais impotente”, afirma Diulia relatando um pouco do que via enquanto noticiava a situação dos cidadãos imperatrizenses.
A repórter comenta também que durante todo o tempo de sua carreira jornalística não tinha visto algo assim.
Ela finaliza dizendo que viu no povo um sentimento de tristeza por tudo o que perderam, móveis, documentos, animais de estimação, e alguns tiveram a casa inteira arrastada pela enchente, mas ela também via a esperança surgir devido o apoio que os atingidos recebiam e no sentimento de poderem recomeçar suas vidas novamente.

Repórter da TV Mirante Diulia Sousa (Arquivo pessoal)
Determinados a ajudar
Profissionais e voluntários dedicaram seu tempo e esforço para ajudar as muitas famílias afetadas pelos alagamentos. Foram bombeiros, defesa civil, policiais e voluntários de todos os cantos da cidade unidos para levar auxílio a quem necessitava. Conheça suas histórias.
Expediente

Ana Campos
Repórter

Agda Anastácio
Repórter

Willas Ilarino
Diagramação

Ruillan Santos
Repórter

Cyarla Barbosa
Repórter e editora

Janethe Matos
Repórter

Ester Feitosa
Repórter

Bruno Santos
Apoio moral

Gus Viana
Foto e vídeo

Dina Prardo
Repórter

Gledson Diegues
Repórter

Alice Caroline
Repórter

Abner Carvalho
Repórter

Helyh Gomes
Foto e vídeo

Suzana Araújo
Repórter

Evellyn Lima
Repórter
Nossas doações
Após a conclusão do trabalho a equipe de reportagem retornou aos locais onde os relatos das famílias foram recolhidos. Na ocasião, os universitários levaram os donativos arrecadados no Centro Acadêmico de Jornalismo Alexandre Maciel (Cajam) para os atingidos.
Reportagem sobre o Alagamento
Eu estava lá e vi, não eram apenas números. Eram pessoas! Pessoas que acordaram e a casa já estava toda inundada; mães que só conseguiram socorrer seus filhos mais nada; famílias que viram o pouco que tinham sendo levado pela água; crianças que mal entendiam o que estava acontecendo só tinham medo, medo de chover novamente; eram idosos que já estavam doentes antes e que a situação só agravou a saúde; jovens que estavam batalhando por seus sonhos e tiveram que interromper isso para lutar por coisas básicas, para muitas vezes, ter o que comer no dia seguinte.
São da Vila Ipiranga, Dois irmãos, Parque Alvorada I e II, Cacauzinho, Bacuri, entre outros… Não são alguns porcento, não são uma taxa, SÃO PESSOAS. Que eram invisíveis, para a sociedade, antes e, logo que as chuvas cessaram, voltaram a ser.
E eu me sinto orgulhosa de dar visibilidade a essas histórias através do meu curso de Jornalismo da Federal do Maranhão.Helyh Gomes
Captação: Rosana Barros e Gus Viana Edição: Helyh Gomes)