Bamaf é tetracampeã no Festival de Bandas e Fanfarras de Imperatriz

A Banda Marcial Falcões de Imperatriz vence, pela quarta vez, na categoria de bandas marciais e irá representar a cidade na competição norte/nordeste.

Por Iago Sousa

Comandante-mor, com o bastão na mão, liderando a banda musical, prontos para iniciar a apresentação da noite. Foto: Iago Sousa

A Banda Marcial Falcões de Imperatriz (Bamaf), gerenciada pelo Colégio Leôncio Pires Dourado, foi tetracampeã na categoria de bandas marciais, no XI Festival de Bandas e Fanfarras das Escolas Municipais de Imperatriz, evento criado, em 2013, pelo Instituto de Projetos Educacionais e Socioambientais (PES) e promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed). A banda já havia ganhado, nessa mesma categoria, nas edições de 2019, 2022 e 2023.

Uellington Junior, maestro da Bamaf, que foi vice-campeão na categoria maestro/regente, comemora a vitória e fala sobre a sensação de ver todo o esforço e preparação de sua corporação ser reconhecido com o título de tetracampeão. “Foi uma satisfação muito grande. Estamos trabalhando desde janeiro. Todo dia passando ensaio com esses meninos”. Agora, a escola vai representar Imperatriz na Copa Norte/Nordeste de Bandas e Fanfarras, que está prevista para acontecer nos dias 6 e 7 de dezembro, em São Luís.

Uellington Junior, maestro da Banda Marcial Falcões de Imperatriz, com a batuta, instrumento utilizado para reger a fanfarra,  na mão. Foto: Instagram

O coordenador do setor de eventos da SEMED e responsável pela organização do festival, Francisco Edvan Nobre, explica que as bandas que participam desse evento são formadas, exclusivamente, por alunos das escolas municipais de Imperatriz. “Não são bandas independentes, profissionais. São alunos, aprendizes do ensino básico e ensino fundamental. Tem aluno de ensino médio que já saiu do município, então a gente considera, ainda, o primeiro e segundo ano do ensino médio”.

Edvan Nobre, coordenador do Festival de Bandas e Fanfarras de Imperatriz. Foto: Iago Sousa

Apesar da exclusividade para bandas de escolas de Imperatriz, uma corporação do município vizinho, Davinópolis, a Banda Municipal de Davinópolis (Bamuda), teve a oportunidade de fazer uma participação especial na última noite do festival. Porém, por causa de problemas com o transporte, a banda não conseguiu chegar a tempo para a apresentação.

A abertura oficial do festival começou na quinta-feira (6), às 18h, com discursos de boas vindas e agradecimento do prefeito de Imperatriz, Rildo Amaral, e de representantes da secretaria de educação, além da execução do Hino Nacional. No primeiro dia, estava previsto para que nove das 16 fanfarras participantes fizessem suas apresentações, mas apenas cinco conseguiram finalizar suas participações, devido a uma forte chuva que caiu a noite, enquanto a competição acontecia. Essas bandas se juntaram às outras sete escolas que se apresentaram na sexta-feira (7), na noite de encerramento do evento.

Avaliação e Categorias

A avaliação das performances baseia-se nos elementos que compõem a estrutura das fanfarras, o pavilhão cívico, conjunto das bandeiras nacionais, do estado e da escola, ou município, a baliza, grupo de alunos que fazem os números acrobáticos, o corpo coreográfico, equipe de alunos que executam as coreografias de dança, o corpo musical, representado pelos alunos que tocam os instrumentos de percussão, o regente, que lidera o corpo musical, e o comandante-mór, que conduz o desfile e a movimentação dos grupos marciais.

Cada elemento possui critérios que são analisados e julgados por um grupo de avaliadores formado por maestros, professores de dança e canto, e instrumentistas. “Dentro de cada um [elemento] tem os critérios. Por exemplo, no mor vão olhar o garbo, a indumentária, o movimento do bastão. Esses são os critérios de avaliação do mor, desse quesito de avaliação. Mas outros também têm os seus critérios”, explica Edvan Nobre.

As fanfarras concorrem em três categorias diferentes: a banda marcial, a fanfarra de percussão rudimentar e a banda melódica simples. “A fanfarra de percussão rudimentar é aquela fanfarra composta por um instrumento de percussão. Nós temos também a banda melódica simples, que usa já a lira, usa já esses elementos de movimento. E também temos a banda marcial, que é a banda que agrega instrumentos de sopro dentro da sua corporação “, descreve Edvan.

Bandas Premiadas

Além da Banda Marcial Falcões de Imperatriz, outras fanfarras também receberam prêmios. A Banda Municipal de Percussão José de Alencar (Bamaja) foi bicampeã na categoria de fanfarras de percussão rudimentar. A Fundação Artística e Musical Castro Alves I (Famcai) foi a banda mais premiada desta edição do festival, conquistando prêmios em seis categorias diferentes, incluindo o segundo lugar em bandas marciais. A Fanfarra Municipal Madalena de Canossa (Famac) foi vice-campeã na categoria de fanfarras de percussão rudimentar.

A Fanfarra Municipal Madalena de Canossa, vice-campeã, a postos para entrar na área de apresentação. Foto: Iago Sousa

Tamires, gestora pedagógica da Famac, fala sobre a importância do festival para a educação dos alunos. “Já é um evento notório dentro da escola. É muito importante para que esses alunos estejam empenhados, também, em fazer algo diferente dentro da música”.

Tamires, gestora pedagógica da Escola Madalena de Canossa, ao lado de outros gestores. Foto: Iago Sousa

John Michael, 26 anos, maestro da Famcai, vencedor na categoria de regente/maestro, vê com alegria e gratidão o fruto de todo o trabalho que sua escola fez durante o ano para se preparar para a competição. “A gente se sente grato, porque ajuda essas crianças, esses jovens a terem um refúgio. A música é um refúgio para eles. Então é sinônimo de gratidão. E como a gente fala: o título é consequência do nosso trabalho. E conseguimos, graças a Deus, um bom resultado”.

Josimael Bezerra de Assis, maestro da Bamaj, comenta um pouco sobre o processo de preparação para concorrer no festival e o resultado da competição. “São dias cansativos, dias perdidos. Às vezes você abdica de muita coisa para estar lá ensaiando com os alunos. É muito gratificante você ver o seu esforço, o seu trabalho sendo reconhecido com a coroação do título”.

A Banda Municipal de Percussão José de Alencar já havia vencido o festival na edição do ano passado. Foto: Instagram

Confira o resultado:

Bandas Marciais:

  • 1° lugar: Banda Marcial Falcões de Imperatriz (BAMAF)
  • 2° lugar: Fundação Artística e Musical Castro Alves I (FAMCAI)
  • 3° lugar: Banda Marcial da Escola Eliza Nunes (BAMEN)

Fanfarras de Percussão Rudimentar:

  • 1° lugar: Banda Municipal de Percussão José de Alencar (BAMAJA)
  • 2° lugar: Fanfarra Municipal Madalena de Canossa (FAMAC)
  • 3° lugar: Fanfarra Municipal Machado de Assis (FAMMA)

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