Prefeitura ainda não anunciou a data para inicio das obras na importante via de acesso
Por Bruno Gomes
Credito da foto: Bruno Gomes
Situação atual da Rua Euclides da Cunha, no bairro Vila Nova, principal via de acesso ao centro da cidade, apresenta esgoto a céu aberto, causando desconforto e risco à população.
Após anos de reclamações e prejuízos causados por alagamentos, moradores e comerciantes da rua Euclides da Cunha seguem aguardando uma solução definitiva para os problemas de infraestrutura. Esta é uma importante via que liga os bairros Vila Nova, Vila Fiquene e Parque Santa Lúcia ao centro de Imperatriz e a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sinfra) informou ao Imperatriz Notícias que pretende iniciar em breve os trabalhos de recuperação e melhoria da drenagem da via, mas não divulgou data para o início das obras.
Para quem convive com o problema há anos, a expectativa é de que, desta vez, as promessas saiam do papel. “Quando chove, ninguém passa. Os carros atolam e a gente precisa dar a volta por outras ruas”, relata a vendedora Ana Sarah Maciel Pereira, moradora da Vila Nova. Ela conta que, para chegar ao trabalho no centro, depende do transporte público e enfrenta dificuldades diárias.
Além de dificultar o trânsito, os alagamentos também trazem prejuízos a quem vive ou trabalha na região. Muitos comerciantes reclamam da queda no movimento e do mau cheiro causado pelo acúmulo de água e lixo. A comerciante Eliene Araújo de Sousa, que mantém uma loja de roupas há 22 anos no bairro Vila Nova, afirma que a situação é crítica e vem afetando diretamente o comércio local. Segundo ela, o problema se arrasta há anos e chegou a deixar o trecho interditado por quase todo o ano de 2023. “A situação aqui é desesperadora. A poeira estraga as mercadorias, e o movimento caiu muito. Só ficou quem tem ponto próprio”, diz.
Por causa da interdição e das más condições da via, o movimento de clientes caiu drasticamente, o que levou muitos comerciantes a fecharem as portas. De acordo com Eliene, apenas quem tem ponto próprio conseguiu permanecer no local, enquanto os que pagavam aluguel precisaram sair por não conseguirem manter os custos. A lojista afirmou ainda que a poeira constante prejudica o trabalho e a conservação das mercadorias, obrigando-a a instalar uma porta de vidro para tentar reduzir a sujeira. “A situação aqui é desesperadora”, destacou. Eliene disse também que o problema é antigo e já foi denunciado diversas vezes por moradores e comerciantes da área. Ela afirmou que a situação se estende desde o início da gestão do prefeito Assis Ramos e que, mesmo após cinco anos, nada foi resolvido.
Credito da galeria: Bruno Gomes
Mau cheiro, buracos, falta de infraestrutura afetam os moradores dessa rua, e de bairros que dão acesso para centro da cidade.
Em entrevista ao Imperatriz Notícias, a Sinfra declarou que os serviços serão iniciados em breve e que a obra tem como objetivo buscar uma solução definitiva para os problemas de drenagem e escoamento das águas pluviais que afetam a região. A pasta também afirmou que a intervenção visa garantir melhores condições de trafegabilidade e qualidade de vida aos moradores, mas não informou prazo para o início dos trabalhos.
Enquanto isso, os moradores seguem desconfiados, mas ainda esperam por uma mudança real. “Olha, esperamos mesmo que resolvam, porque não dá pra andar aqui nem ficar numa parada com esse mau cheiro. É obrigação da prefeitura”, reforça Ana Sarah.
