Tutores usam criatividade para levar pets à vacinação antirrábica em Imperatriz

Por Camyle Macatrão

Cães na garupa da moto, gatos em caixas de papelão e filhotes no colo. Neste sábado, 25 de outubro, o movimento foi intenso nos 39 postos de vacinação antirrábica espalhados pelos bairros de Imperatriz (MA). A ação, promovida pela Unidade de Vigilância em Zoonoses  , teve como objetivo a vacinação  antirrábica de cães e gatos a partir dos três meses de idade. Mas o que mais chamou atenção, foram as formas criativas e inusitadas de transportar os animais até os locais de vacinação.

Entre os meios mais comuns de transporte, estavam coleiras, caixas de transporte, cestos de bicicleta e até mesmo sacos de estopa, usados principalmente para transportar os felinos. “Os gatos são os mais ariscos, e consequentemente, os que mais chegam dentro de sacos. Os donos trazem do jeito que podem, só para não fugirem […] Hoje mesmo já fugiram seis e contando!”, relata Isa Nogueira, estudante de Medicina Veterinária que atuou como aplicadora em um dos postos.

A vacinação antirrábica é essencial na prevenção contra a raiva, uma zoonose grave e sem cura, transmitida por meio da saliva de animais infectados, geralmente por mordidas ou arranhões. Segundo o Ministério da Saúde, o Maranhão não registra casos de contaminação por raiva em humanos desde 2013, e manter essa marca depende da continuidade das campanhas anuais de imunização. 

De acordo com a Unidade de Vigilancia em zoonoses de Imperatriz há cerca de 37mil animais domesticos na cidade e é uma meta vacinar todos nos proximos anos. Em um dos postos de aplicação, no bairro Santa Rita, foram aplicadas aproximadamente mais de mil doses, e não faltaram histórias curiosas entre os vacinadores. “O mais inusitado hoje foi um tutor que trouxe o gato dentro de um cesto de roupa”, contou, entre risadas, o estudante de Medicina Veterinária Kaio Santos, que também auxiliava na campanha. “Geralmente, as pessoas têm mais de um animal. Esse do cesto de roupa, por exemplo, já voltou aqui umas três vezes”, completou.

Mesmo com a criatividade dos tutores, os profissionais da área orientam que o ideal é transportar os animais em caixas de transporte ou com coleiras. Levar os pets soltos ou em meios improvisados pode representar risco tanto para os tutores quanto para outros animais que aguardam a vacinação.