Texto de Henrique César e Jeciane Chaves
Os restaurantes da cidade de Imperatriz estão voltando a disponibilizar os cardápios físicos após o fim do período de pandemia da COVID 19 que popularizou o uso de cardápios digitais em QR Codes. Os motivos para esse retorno são vários, dentre eles pode ser citado a dificuldade de alguns clientes com esse novo formato mais tecnológico, por pessoas que preferem não usar e às vezes não levar o celular quando saem para comer fora e até mesmo os próprios restaurantes que preferem ter de volta com o intuito de ter um melhor entendimento dos pedidos.
Restaurantes voltam a oferecer opção de cardápio impresso
Alguns locais de alimentação e bares da cidade como Ritz, Maçarico, Mercaditto,Tio Zé e Legião Gourmet já utilizam essa nova forma onde o cardápio em formato de QR Code e o físico ficam colocados lado a lado na mesa e com isso o próprio cliente tem a liberdade de escolher qual modelo vai utilizar. Alguns dos funcionários desses locais relatam que a volta do cardápio de forma manual contribuiu de forma positiva nas anotações dos pedidos realizados.
“Para nós do restaurante o QR Code acaba sendo uma alternativa bem mais viável visando a diminuição de custos, mas também entendemos que é um formato que não agrada a todos, então tivemos a necessidade de voltar ao papel também”, comenta Paula Alves, uma das funcionárias de um dos estabelecimentos.
Enquanto os QR Codes trazem lucro para os proprietários de restaurantes com baixo custo de manutenção do cardápio, alguns clientes não ficam totalmente satisfeitos com a escolha do local. Em uma pesquisa realizada no ano passado pela Technomic, empresa americana de pesquisa e consultoria de serviço da indústria de alimentos e serviços de alimentação, foi revelado que cerca de 88% dos clientes desses ambientes têm preferência por cardápios físicos ao invés de QR Codes.
O estudante Fabrício de Almeida defende que o cardápio digital pode ser mais um empecilho do que uma ajuda no estabelecimento e diz que quando vai a um restaurante se sente mais confortável com o cardápio tradicional de papel. “Isso pode acabar gerando algum constrangimento para algum cliente que não tenha condição de acessar o QR Code no momento, além de nos condicionar a usar o aparelho durante a refeição, o que eu particularmente acho bem chato”, declara o jovem.
O dilema sobre o uso de cardápios em formato de QR Codes é algo que está permeando não só a cidade de Imperatriz, mas todo o país, a exemplo disso temos o estado do Rio de Janeiro que aprovou no início deste ano uma lei que exige que os estabelecimentos ofereçam o modelo físico do cardápio, Minas Gerais e o Distrito Federal também discutem o tema.